Promover a diversidade de gênero talvez seja um dos principais desafios da indústria, que sempre contou com maior presença masculina nas suas operações. No entanto, nos últimos anos, as profundas mudanças da sociedade têm impulsionado esse movimento, que favorece tanto o engajamento entre os colaboradores como o desempenho geral das organizações.
Ao comparar o gênero e os dados financeiros de companhias da América Latina, a consultoria McKinsey mostrou, por exemplo, que as empresas que têm pelo menos uma mulher na equipe de executivos possuem 50% mais chances de aumentarem a rentabilidade e 22% de acrescerem a média da margem Ebtida (sigla que indica os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Neste cenário, apesar de existir um longo caminho até alcançar a plena igualdade no mundo corporativo, as mulheres têm ocupado, cada vez mais, cargos operacionais e de liderança em diversos setores.
Para entender como o tema tem sido tratado na cadeia do alumínio, o portal Revista Alumínio entrevistou a Alcoa, Alubar, CBA, Hydro, MRN e Novelis, companhias que já possuem iniciativas voltadas exclusivamente à inclusão de mulheres. Além disso, conversou com executivas que atuam nesta indústria, para mostrar os desafios e as oportunidades que encontraram ao longo das suas carreiras profissionais até alcançarem a posição atual.
Confira o resumo do posicionamento dessas empresas e, nos links, mais detalhes sobre as ações de cada uma:
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Alcoa
A Alcoa tem investido em uma cultura inclusiva, ancorada no valor ‘Cuidar das Pessoas’. Atualmente, 31% de mulheres estão em cargos de liderança e 17% ocupam cargos operacionais.
“Trabalhamos para promover um ambiente acolhedor para todos, possibilitando que cada um possa se sentir confiante para explorar o máximo de seu potencial”, alega Otavio Carvalheira, presidente da Alcoa no Brasil.
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Alubar
Na Alubar, as mulheres somam 17% do total de colaboradores. Entre 2019 e 2020, por exemplo, houve um incremento de 20% em cargos estratégicos. Hoje as profissionais representam 32% dos colaboradores que atuam na liderança.
“Uma gestão plural e diversa reflete diretamente no desempenho de nossas equipes, a partir das experiências profissionais que cada um de nossos colaboradores possui. Além disso, entendemos que esse também é o compromisso da empresa em prol do desenvolvimento social das regiões em que atua”, afirma Ana Carolina Santos, gerente de Gestão de Pessoas da Alubar.
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CBA
Na Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) a diversidade representa um fomento à inovação, além de contribuir com os eixos de cultura, como o da divergência construtiva e o trabalho em equipe. Com isso, atrair mulheres e diferentes perfis impulsiona o desenvolvimento do negócio e um olhar progressista, mantendo a competitividade e sustentabilidade.
“Na mesma linha, ter maior participação de mulheres em cargos executivos é um percurso que vem sendo trabalhado internamente, de modo a estabelecermos parâmetros que garantam a igualdade de oportunidades de progressão de carreira e de contratação para homens e mulheres, sempre respeitando a meritocracia. Na liderança da CBA, a representatividade de mulheres compõe, hoje, 16% do quadro”, cita Andressa Lamana, gerente Geral DHO, SSMA e Sustentabilidade.
A empresa desenvolveu um diagnóstico específico de diversidade na cadeia produtiva. Também implantou o Comitê de Diversidade para direcionar as ações pertinentes.
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Hydro
Em 2019, nasceu na Refinaria Alunorte, localizada em Barcarena (PA), uma iniciativa voltada a reunir as colaboradoras para identificar suas demandas dentro do ambiente de trabalho. A Rede de Mulheres da Alunorte, como é conhecida a ação, tem o apoio de Hilde Aasheim, CEO da Hydro, a mulher que inspira o grupo e uma das líderes da indústria no mundo.
“Do portão da fábrica para dentro o que prevalece é o cuidado, a colaboração e a coragem, sobretudo, para fazer esse caminho de fortalecimento da diversidade na empresa, transformando o ambiente de trabalho mais agradável e receptivo às mulheres. Ter mulheres na indústria não pode mais ser um elemento de surpresa”, diz Raquel Rodrigues, gerente de Logística do Porto da Alunorte, que integra a rede.
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MRN
Neste ano, nasceu o programa Minerando Juntas na Mineração Rio do Norte (MRN), que visa garantir a equidade de gênero na estratégia do negócio e nas políticas e práticas de gestão de pessoas. O movimento traz ações afirmativas para aumentar a expressividade de gênero por meio de vários eixos como: desenvolvimento de pessoas, liderança Inclusiva, recrutamento e seleção, entre outros.
“O propósito da MRN é dar continuidade ao ciclo de vida da empresa de forma sustentável, responsável e com respeito às pessoas. Para nós, competência não tem gênero. Dessa forma, proporcionar um ambiente de igualdade e equidade faz parte da nossa estratégia de perenidade do negócio”, explica Claudia Canto, gerente do Departamento de Administração de Pessoas.
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Novelis
Para a Novelis, o tema da inclusão é uma necessidade no mundo corporativo. Por isso, a companhia trabalha com metas dentro do programa IguAl para aumentar a diversidade das equipes e criar um local de trabalho mais inclusivo.
“Atuamos sempre em prol do estímulo ao respeito e à valorização das diferenças, não só dentro da Novelis, mas na sociedade. Um ambiente heterogêneo favorece a troca de opiniões, o crescimento e desenvolvimento pessoal, gera melhores soluções e pode se transformar em uma vantagem competitiva inestimável para os negócios”, afirma Glaucia Teixeira, vice-presidente de Recursos Humanos da Novelis América do Sul.