ein Man im Anzug zeigt mit dem Finger einen Wachstumskurs

Indústrias do alumínio investem mesmo em meio à crise econômica e sanitária

Novos negócios, construção de plantas, aumento de capacidade e instalação de equipamentos e novas tecnologias estão no radar das empresas

Desde o ano passado, a pandemia do novo coronavírus tem exigido uma série de adaptações para que a indústria do alumínio continue a operar no País, já que a atividade é considerada essencial, levando em consideração a segurança e bem-estar dos profissionais.

No entanto, nem mesmo o cenário imprevisível de crise tem impedido as companhias de avançar, anunciando investimentos para novos negócios, construção de plantas e aumento de capacidade, além da instalação de equipamentos e tecnologias.

Hydro: nova subsidiária e adoção de tecnologia
A multinacional de origem norueguesa Hydro segue confiante no mercado brasileiro e tem dado passos importantes em novos segmentos econômicos, como o de energia renovável.

A companhia anunciou uma nova subsidiária, a Hydro REIN – cujo nome significa ‘puro’ em norueguês. O objetivo é ajudar a própria indústria e outros clientes em sua transição energética e se fortalecer como produtora de alumínio de baixo carbono.

“Vamos facilitar o acesso à energia renovável, proveniente de nosso portfólio de projetos hídricos, solares e eólicos no Brasil e nos países nórdicos. E ainda fornecer soluções em escala industrial para melhorar a eficiência energética, reduzir emissões e cortar custos ”, explica Olivier Girardot, head da Hydro REIN.

No Brasil, já foram assinados dois memorandos de entendimento para garantir energia a custo atraente para a planta da Alunorte – maior refinaria de alumina do mundo fora da China.

O primeiro acordo foi celebrado com a Scatec e a Equinor para o desenvolvimento de uma usina solar de 480 MW, a qual provavelmente será construída no Rio Grande do Norte. O outro memorando foi assinado com o Green Investment Group (GIG) para um projeto combinado de energia eólica e solar, com 620 MW de capacidade instalada, no Piauí e em Pernambuco. 

Na área de mineração, a Hydro também aplicou R$ 30 milhões para adotar a tecnologia Tailings Dry Backfill em sua operação. A metodologia permite a destinação final de rejeitos da extração de bauxita em áreas já mineradas, eliminando a necessidade de construção de novas barragens permanentes para armazenamento de rejeitos. Com isso, ajuda a reduzir a pegada ambiental e melhorar o processo de reflorestamento.

Novelis: aumento da capacidade em Pindamonhangaba (SP)
O projeto Puma, que visa à expansão da fábrica da Novelis em Pindamonhangaba, no interior paulista – considerado o maior complexo de laminação e reciclagem de alumínio da América Latina –, segue a todo vapor.

Ao todo, serão investidos R$ 650 milhões. A previsão é de que, após a conclusão do projeto, o volume total da produção de chapas de alumínio atinja cerca de 680 mil t/ano e, de reciclagem, 490 mil t/ano.

A companhia precisou desacelerar o ritmo da expansão para reduzir a circulação de pessoas na fábrica e, assim, garantir a saúde de todos nesse momento de pandemia da Covid-19. Por isso, a entrega prevista para março passou para julho de 2021.

Prolind: nova planta de refusão no Vale do Paraíba (SP)
A Prolind Alumínio – empresa que desenvolve produtos e soluções com o metal para diversos segmentos de mercado – inaugurou neste ano uma nova fábrica de refusão em São José dos Campos, cidade paulista fincada no Vale do Paraíba.

A unidade tem capacidade para produção de 50 mil t de alumínio por ano, em sua primeira fase. Com isso, a empresa espera crescer 120% em 2021, se comparado a 2020, e deve gerar 100 novos empregos.

O novo espaço tem como objetivo reciclar perfis de alumínio, os quais serão utilizados para a produção de novos produtos. Dessa forma, a empresa se posiciona no mercado com expertise nas áreas de refusão, extrusão e fabricação de peças de alumínio.

Além disso, a Prolind busca oferecer a operação de reciclagem de alumínio para outras empresas de extrusão no Brasil e América do Sul. No futuro, a empresa deve ampliar o portfólio de produtos com a fabricação de placas fundidas, que hoje costumam ser importadas.

“Vamos passar a desenvolver ligas especiais de alumínio não disponíveis no mercado. Essa fábrica iniciará em um momento de restrição internacional sobre a oferta do metal. Logo, esperamos dobrar nossa participação econômica na região em que estamos instalados, a começar pelo nosso compromisso com o meio ambiente”, explica Erivam Boff, diretor de Negócios da Prolind Alumínio. 

Alubar: novo laminador no Pará
Neste ano, a Alubar finalizou o projeto do quarto laminador da fábrica localizada em Barcarena, cidade que dista, aproximadamente, 250 km da capital paraense. Com a instalação do equipamento, a companhia terá um incremento médio de 30 mil t/ano na produção de vergalhões de ligas de alumínio. A operação e manutenção demandarão a contratação de cerca de 30 profissionais.

“Esses vergalhões são consumidos pela própria empresa, que os utiliza como matéria-prima para os cabos elétricos voltados para linhas de transmissão e distribuição. Na prática, o investimento permitiu aumentar a autonomia da fábrica, diminuir a importação de insumos e impactar diretamente na redução de custos e no tempo de produção”, explica Maurício Gouvêa, diretor-executivo da Alubar.

A companhia também instalou na unidade de Montenegro, a 50 km de Porto Alegre, três máquinas que aumentaram em 133% a capacidade de produção de cabos elétricos de alumínio em 2020. Foram contratados 18 colaboradores para compor duas novas turmas operacionais.

Além desses investimentos, a Alubar deu um passo importante para a gestão global com a criação de um escritório administrativo em São Paulo. Batizada como Alubar Global Management, a estrutura está direcionada ao planejamento e decisões estratégicas, além de focar no relacionamento com clientes.

“Como a Alubar é uma empresa considerada essencial, não havia outra possibilidade a não ser continuar trabalhando para atender as demandas do setor elétrico. Esses investimentos são importantes para que a empresa se mantenha em posição de relevância no mercado, ao mesmo tempo que nos preparam para uma atuação cada vez mais global”, declara o diretor da companhia.

Ball: nova planta de latas em Minas Gerais
Ball Corporation anunciou a construção de uma nova unidade produtiva de latas na cidade de Frutal, a cerca de 600 km de Belo Horizonte. A inauguração está prevista para o segundo semestre deste ano.

Com investimento inicial de US$ 90 milhões, a fábrica terá duas linhas de produção, com capacidade de até 2 bilhões de latas de alumínio por ano. A expectativa é gerar 100 empregos diretos e 85 indiretos.

Fauze Villatoro, vice-presidente Comercial da Ball América do Sul, explica que o mercado nacional segue crescente há alguns anos e fechou 2020 com um volume de 32 bilhões de unidades, mesmo diante da crise econômica gerada pela pandemia.

Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), as vendas cresceram 7,3% e a participação da lata no envase da cerveja apresentou um salto de 55% para 70% no ano passado.

“Os investimentos da Ball em Frutal são de extrema importância para atender à crescente demanda de mercado, com formatos diferenciados de latas, numa planta moderna e com leiaute integrado aos clientes”, afirma o vice-presidente da Ball América do Sul.

Desde que chegou ao país em 2016, a Ball Corporation já investiu mais de US$ 213 milhões, sendo US$ 133 milhões apenas em 2020. O montante contempla expansões, construções, equipamentos e tecnologia.

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