A produção da indústria de embalagens brasileira teve alta de 3,4% no acumulado do ano, até o mês de agosto de 2021. Por sua vez, as soluções metálicas tiveram acréscimo de 7,3% no período analisado. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre).
Nesse cenário, algumas indústrias consumidoras tiveram desempenho positivo, com destaque para bebidas (5,8%); informática, eletrônicos e ópticos (8,4%); e eletrodomésticos (26,1%). Outros segmentos cujo desempenho foi positivo em 2020 enfrentam retração, impactados pelo cenário econômico: alimentos (-6,9%); farmacêutico (-1,2%); e limpeza e perfumaria (-4,6%).
Latas no melhor momento
O setor de embalagens metálicas tem sido impulsionado principalmente por latas de alumínio, com acréscimo de 22,6% nas vendas para as empresas envasadoras de bebidas no primeiro semestre, conforme divulgado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).
Entre os motivos da maior demanda estão o aumento do consumo de bebidas em lata nas residências por conta da pandemia da Covid-19; o ganho de participação de mercado em relação às soluções de plástico e vidro; e a adoção da embalagem por novas categorias, como água e vinho.
Nos últimos 10 anos, o Brasil também tem estado entre os líderes mundiais na reciclagem dessa embalagem com média histórica de 97%, à frente dos Estados Unidos (60%) e Europa (67%). Em 2020, o país reciclou cerca de 400 mil t de latas de alumínio – ou 30 bilhões de unidades por ano, o que significa a devolução para o mercado de novas embalagens sustentáveis.