Nos últimos anos, a Hydro tem intensificado as ações em busca de operações mais sustentáveis. Destaque para os investimentos no processo de transição energética: a empresa tem a meta global de reduzir as emissões de carbono em 10%, em 2025; 30%, em 2030; e zerar até 2050.
“A Hydro, empresa líder em energia e alumínio — com 31 mil empregados em mais de 140 unidades em 40 países — é comprometida com um futuro sustentável. Com mais de um século de experiência em energia renovável, a companhia é uma das três maiores operadoras de produção de energia na Noruega e um importante player do mercado nos países nórdicos e no Brasil. Estamos utilizando toda essa expertise para realizar a transição energética de nossas plantas no Brasil de forma sustentável e segura”, explica Anderson Baranov, vice-presidente de Relações Externas na América do Sul.
A mudança da matriz energética da refinaria de alumina, a Alunorte, localizada no município de Barcarena (PA), é uma das prioridades. O projeto consiste na substituição do óleo combustível por gás natural a partir de um investimento de R$ 1,3 bilhão. O objetivo é reduzir as emissões anuais de CO2 em 700 mil t.
“A refinaria será um importante consumidor de gás no Pará e, portanto, um facilitador para o estabelecimento do fornecimento de óleo combustível por gás natural liquefeito (GNL) no estado do Pará”, acrescenta Baranov.
Além disso, a Alunorte iniciou o uso de caldeiras elétricas. A primeira, com tecnologia mais moderna e de maior capacidade, está em operação desde março deste ano e teve um investimento de cerca de R$ 42 milhões. Com capacidade nominal de geração de 95 t de vapor por hora, consumindo 60 MW, ela tem potencial para redução na ordem de 100 mil t de CO2 por ano.
PPAs
A refinaria Alunorte também assinou recentemente dois contratos de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) para consumo de energia renovável de dois projetos da Hydro Rein.
Um deles é o Mendubim, projeto solar de 531 MW que está sendo realizado em parceria com as empresas de energia renovável Scatec e Equinor ASA. As companhias assinaram um PPA de 20 anos em dólares americanos com a Alunorte, a qual consumirá cerca de 127 MW do total produzido.
O outro é o Feijão, um projeto associado de energia eólica e solar de 586 MW no nordeste do Brasil. Localizado nos estados do Piauí e Pernambuco, será construído em um dos maiores clusters de parques eólicos da América Latina.
Uso de biomassa
A multinacional ainda está conduzindo um estudo para uso do caroço de açaí como biomassa. O resíduo será misturado ao carvão mineral para uso como combustível nas caldeiras da Alunorte. A pesquisa está sendo realizada em parceria com a Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Painéis fotovoltaicos
Também está em andamento uma pesquisa sobre o uso de placas solares na mina de bauxita da Hydro, na cidade de Paragominas (PA). A UFPA realizará estudos com um sistema fotovoltaico flutuante em tanques de testes na planta.
Um dos objetivos é possibilitar a redução da evaporação da água dos reservatórios, além de oferecer uma nova fonte de energia capaz de atender parte do consumo próprio da mina. O investimento inicial do projeto é de cerca de R$ 1 milhão e a pesquisa tem duração de dois anos.
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