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Dia Internacional da Mulher: histórias de sucesso na indústria do alumínio

Descubra como a determinação, a competência e a liderança femininas moldam o futuro do setor por meio de trajetórias inspiradoras de mulheres que se destacam em diversas funções

No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, celebramos a jornada de mulheres que se destacam no competitivo mercado de trabalho do setor de alumínio. De operadoras e supervisoras a executivas, essas profissionais não apenas desafiam estereótipos, mas também impulsionam a inovação e o progresso dentro de suas organizações. Conheça alguns exemplos inspiradores que demonstram como a determinação, a competência e a liderança femininas estão criando o futuro dessa indústria crucial.

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Albras

Ozileia Machado, 42 anos, tem uma trajetória de cerca de quinze anos na Albras, onde atualmente desempenha o papel de supervisora de Operação. Sua jornada na empresa começou em 2008, quando foi selecionada como bolsista em uma das primeiras iniciativas de diversidade e inclusão voltadas para mulheres nas operações da Albras. Entre trinta mulheres participantes, ela é uma das dez escolhidas para integrar o programa.

Inicialmente alocada na Redução 1, Ozileia enfrentou desafios ao ser uma das poucas mulheres em seu setor, que até então era predominantemente masculino. Contudo, com comprometimento e dedicação, conquistou o respeito de seus colegas e abriu caminho para uma presença feminina maior na área. Ao longo dos anos, tornou-se uma figura respeitada e admirada, desbravando um território antes dominado por homens.

“Hoje, os novos que estão entrando já têm esse contato com mulheres nessas funções. Fui tornando o ambiente, que era bem masculino, mais leve. Depois, criaram-se a estrutura, banheiro feminino, e agora tem toda essa preparação. Na Albras, sempre me estimularam para me desenvolver na operação. Aprendi todas as atividades da área, realizei treinamento para potenciais sucessores. Com cerca de sete anos na empresa, comecei a cobrir as férias dos supervisores”, conta Ozileia.

Atualmente, como supervisora, ela lidera uma equipe composta de dezesseis homens e duas mulheres.

“Acho que inspirei outras mulheres. Para que a mulher possa se desenvolver nas operações, ela tem de ser acompanhada. Cada uma apresenta um perfil, e a empresa precisa dar suporte para que as mulheres sejam exemplo, tenham histórias bonitas para contar, tenham a oportunidade de se aposentar na empresa, ser referência para outras empresas, para que possamos ser motivo de orgulho”, completa.

Jacqueline Santos, 48 anos, também tem uma história admirada dentro da Albras. Com, aproximadamente, dois anos na empresa, ela acaba de conquistar a promoção para operadora de Produção II.

“Trabalhava em uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Albras, e meu sonho sempre foi ingressar na própria Albras. Hoje me sinto realizada por ser a primeira operadora de Produção a ser promovida em tão pouco tempo de empresa. Inicialmente, fui a única mulher a atuar na área de lingotamento e ainda sou a única operadora na fundição. Tenho planos de me tornar a primeira supervisora nessa área”, comemora Jacqueline.

No início, a profissional diz que enfrentou certa resistência de colegas, mas nunca desistiu. Hoje, conquistou o respeito e a admiração deles. Conhece cada membro da equipe e mantém uma relação próxima, em que pode aconselhá-los. Apesar de ser um trabalho desafiador e cansativo, lidando com equipamentos pesados, sente grande afinidade com a sua função.

“Lutei muito para chegar até aqui e pretendo permanecer entre os melhores, sem cogitar mudança de área. A empresa mantém um comitê feminino e realiza reuniões mensais nas quais temos acesso a informações sobre o progresso em direção à meta de ter 25% de mulheres na Albras. Nessas reuniões, os gestores nos ouvem sobre nossos objetivos, planos de carreira, dificuldades e como nos sentimos no trabalho, buscando formas de nos apoiar e incentivar com base em nossos relatos. Essa preocupação da empresa com nossos desafios e aspirações nos motiva a avançar em nossa jornada profissional”, orgulha-se a operadora.

Alcoa 

Outro exemplo inspirador de liderança feminina no setor é Gisele Salvador, diretora-financeira da Alcoa Brasil. Profissional com sólida formação acadêmica e uma trajetória marcada por importantes contribuições no setor financeiro. Graduada em ciências contábeis e em administração com ênfase em finanças, além de mestrado em ciências contábeis, Gisele ingressou na Alcoa em 2011, no escritório de São Paulo, onde desempenhou um papel fundamental na área de controladoria ao longo de cinco anos.

Após essa primeira experiência, Gisele passou por duas unidades operacionais da empresa: atuou como controller em Juruti (PA) por três anos e, posteriormente, esteve na Alumar, no Maranhão, por mais dois anos. Além de sua atuação profissional, ela é integrante ativa da AWN (sigla em inglês para Rede de Mulheres Alcoa) e do grupo Aware (sigla em inglês para Alcoanos e Alcoanas Trabalhando Ativamente para a Equidade Étnico-Racial). Como ativista do movimento feminista negro, ela se engaja tanto dentro como fora da companhia, contribuindo para a promoção da diversidade e inclusão em todos os âmbitos.

Juliana Marques é outra executiva que se destaca também na Alcoa. Atualmente ela é diretora-comercial das Américas e Ásia da empresa. Com formação em química, é graduada e mestra pela Universidade de São Paulo (USP). Com mais de duas décadas de experiência na indústria petroquímica e de mineração, Juliana acumula vasta experiência liderando equipes comerciais tanto no Brasil como internacionalmente. Além de sua atuação profissional, ela dedica tempo ao seu papel no Conselho de Administração do Chronos, um fundo patrimonial independente ligado à USP São Carlos.

A paixão de Juliana por gestão de pessoas e diversidade e inclusão é evidente em seu histórico profissional. Por sete anos, foi líder global da rede de direitos LGBT na Alcoa, onde desempenhou um papel fundamental na implementação de iniciativas voltadas para essa causa. No Brasil, foi responsável pela criação do Comitê de Diversidade e também fez parte do Conselho Global de Diversidade e Inclusão da Alcoa.

Seu comprometimento e engajamento não passaram despercebidos, sendo reconhecida como uma das 100 Mulheres Mais Inspiradoras do Mundo pela Women in Mining UK (WIM100) em 2020. Juliana Marques é um exemplo inspirador de liderança feminina e de como o compromisso com a diversidade pode impactar positivamente não apenas o ambiente de trabalho, mas também a sociedade como um todo.

AMG Brasil

Layla Veriato, 36 anos, é muito mais do que apenas uma líder de Produção de Liga de Alumínio na AMG Brasil. Ela é um exemplo de determinação e versatilidade, equilibrando múltiplos papéis em sua vida. Começando como estagiária do “Curso Técnico em Química” em 2018, Layla já demonstrava sua determinação em construir uma carreira de sucesso na empresa.

Apesar dos desafios iniciais e da espera por uma oportunidade, ela persistiu, monitorando os processos seletivos da AMG até conquistar uma posição como assistente de Laboratório, em 2021. Sua dedicação e desempenho levaram a uma rápida promoção para técnica de Laboratório em apenas nove meses. Em 2023, foi encorajada a participar de um processo seletivo interno para se tornar líder de Produção, tornando-se a única mulher a se candidatar à vaga. Com sua competência e habilidades evidentes, passou em todas as etapas do recrutamento, assumindo a gestão de uma equipe com sucesso.

Fora do ambiente profissional, Layla prioriza sua família e sua formação acadêmica em pedagogia, além de seu compromisso como catequista na Igreja Católica. Sua paixão pelo samba também é notável, participando ativamente como porta-bandeira na Escola de Samba Vem Me Ver, de São João del Rei (MG).

“Não tenham medo de encarar os seus sonhos e metas. É importante que tenhamos voz e disposição para fazermos o que gostamos”, incentiva Layla.

CBA 

Um exemplo emblemático também de liderança feminina no setor de alumínio é a trajetória de Camila Abel, 42 anos, uma executiva com sólida formação acadêmica e vasta experiência profissional em finanças e gestão de riscos. Graduada em administração pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e com MBA em finanças pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Camila acumulou mais de 25 anos de carreira em empresas do setor de energia, infraestrutura, parcerias público-privadas, concessões e desenvolvimento imobiliário, tanto no Brasil como no exterior.

Atualmente, ela ocupa o cargo de CFO (sigla em inglês para chefe do setor financeiro) na Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), onde ingressou em 2021 como gerente-geral de Finanças. Sob sua liderança, a CBA realizou um bem-sucedido IPO em 2021, arrecadando R$ 1,4 bilhão, com ofertas primárias e secundárias listadas no Novo Mercado da B3. Além disso, participou diretamente de processos como estruturação de relações com investidores da empresa, reuniões com investidores locais e estrangeiros, divulgação trimestral de resultados e conferências e eventos, incluindo o primeiro Dia do Investidor da CBA. 

Antes de integrar a equipe da CBA, Camila ocupou cargos de liderança na AES Tietê Energia e no Grupo AES Brasil, além de ter atuado como diretora-financeira na OAS Empreendimentos. Sua trajetória profissional exemplifica o sucesso e a competência das mulheres no mercado corporativo.

Elfer

A Elfer, do Grupo Cecil, tem visto mulheres brilharem em diversos cargos dentro da empresa. A contadora Tânia Paixão é um exemplo. Sempre dedicada e altamente organizada, destaca-se na Elfer com uma trajetória de dez anos por entregar um trabalho ético e estar atenta aos detalhes.

Seu comprometimento e eficiência não passam despercebidos, sendo amplamente reconhecidos por colegas e superiores, consolidando-a como peça fundamental na equipe contábil da empresa.

Mas não é apenas no campo profissional que Tânia faz a diferença. Sua generosidade, apoio aos colegas e abordagem colaborativa contribuem significativamente para o ambiente de trabalho positivo que caracteriza a Elfer. Ao longo dos anos, ela conquistou respeito e admiração, resultado de sua dedicação, habilidade em enfrentar novos desafios e capacidade de manter equilíbrio entre trabalho, adversidades e vida pessoal.

Sua história demonstra que, com determinação, foco e generosidade, é possível alcançar o sucesso em qualquer campo profissional, especialmente em uma empresa que valoriza e reconhece o talento das mulheres.

Hydro

Márcia Ribeiro, 48 anos, é casada e mãe, ocupando o cargo de gerente-sênior de Automação na Hydro Alunorte. Natural do Pará, é formada em engenharia elétrica e possui mestrado em controle e automação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Com cerca de vinte anos de experiência na empresa, assumiu a posição de gerente de Automação em 2017.

No período do mestrado, Márcia teve seu primeiro contato com a indústria do alumínio, graças ao apoio da Albras ao programa. Sua dissertação abordou melhorias nos processos de uma das áreas da empresa. Iniciou um doutorado, mas decidiu deixar a academia para se dedicar diretamente à prática. Ao se candidatar para a vaga de engenheira-júnior na Hydro Alunorte, Márcia se encantou pela indústria.

Na equipe de engenharia havia cinco profissionais. Márcia era a única mulher. Desde sua graduação, ela sentia o peso dessa posição, pois optou por um curso tradicionalmente masculino, mas considera que isso a impulsionou profissionalmente.

“Sempre me posicionei de forma assertiva e discuti tecnicamente soluções para a área, sem considerar questões de gênero. Hoje percebo que alguns homens ainda se sentem intimidados em me procurar, embora esteja sempre disponível para todos. Por outro lado, as engenheiras da equipe enxergam minha conquista como algo inspirador, um estímulo para alcançarem novos patamares na carreira”, comemora a gerente de Automação.

Outra história de fortalecimento dentro da Hydro é a de Paula Sousa, 27 anos, que há cerca de dois anos ingressou na Hydro Paragominas como operadora de equipamentos. Atualmente, ela assume o volante do caminhão elétrico Sany SKT90E, com capacidade para transportar até 60 t, mostrando sua destreza e habilidade na operação.

Paula não veio de uma formação tradicional na indústria. Com experiência na área da educação, ela enfrentou os desafios impostos pela pandemia e decidiu buscar uma nova carreira. Inscreveu-se para uma vaga na área de operação da Hydro e, após ser selecionada, começou a se encantar pelo trabalho.

“Desde que entrei na companhia, me senti acolhida, não percebi qualquer tipo de preconceito, pelo contrário, percebo que existe uma preocupação com a inclusão das mulheres, desde o uniforme até os banheiros. Os supervisores sempre perguntam sobre nossas necessidades”, afirma Paula.

Segundo a profissional, a empresa oferece diversas oportunidades de crescimento e desenvolvimento na carreira. Por isso, aproveitou os treinamentos oferecidos e foi se aprimorando na operação de equipamentos. Sua dedicação e competência lhe renderam a oportunidade de ser a primeira a operar o caminhão elétrico da Hydro Paragominas.

“Me senti empoderada ao dirigir do zero um caminhão maior. Na Hydro, as mulheres da operação quebram o tabu de que mulher não sabe dirigir, os companheiros nos elogiam. Somos muito atenciosas e cuidadosas dirigindo, isso é um diferencial da mulher”, afirma a operadora da Hydro.

Fotos: Divulgação

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