O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, no dia 23 de agosto, uma portaria com as diretrizes para que o setor industrial apresente ofertas de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RVD).
O programa temporário, com duração até 30 de abril de 2022, busca atender o Sistema Interligado Nacional (SIN), em meio à crise hídrica que prejudica os reservatórios das usinas hidrelétricas.
Em comunicado à imprensa, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) disse que espera o detalhamento dessas regras pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para analisar os impactos e a implementação no setor.
A entidade informou ainda que acompanha com atenção os desdobramentos de uma possível crise hídrica e as consequências para a oferta de energia no país.
Vale destacar que a energia elétrica é um insumo estratégico na produção de alumínio, com forte impacto na estrutura de custos da cadeia produtiva.
Contribuições
Segundo a associação, apesar do perfil de consumo eletrointensivo, a indústria do alumínio colabora com a estruturação do sistema energético, por meio de investimentos em autogeração e em fontes renováveis, além do uso racional de energia.
Além disso, a entidade reforça que o setor já apresentou, em outras oportunidades, propostas para reduzir os riscos no sistema elétrico.
“A ABAL e suas associadas estão em contato permanente com as autoridades gestoras do setor elétrico para contribuir na adoção de medidas que visem a modernização, de forma a garantir que a indústria e o consumidor doméstico tenham disponibilidade do abastecimento e tarifas competitivas”, disse a associação na nota.
A ABAL também apontou para a necessidade de avançar na implementação de medidas de estímulo e compensação à redução de consumo voluntário, para garantir equilíbrio e competitividade.