Durante entrevista aos jornalistas no 9º Congresso Internacional do Alumínio, organizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) nos dias 9 e 10 de abril, no Hotel Unique, em São Paulo, a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, apresentou reflexões e dados significativos sobre o mercado do alumínio no Brasil e no mundo, destacando perspectivas promissoras para a indústria.
O principal tema foi o investimento de cerca de R$ 30 bilhões que empresas do setor devem fazer no Brasil até 2025 para o segmento de alumínio. Essa injeção de capital visa a fortalecer a indústria como um todo, além de aprimorar os processos de gestão ambiental e social, rumo à descarbonização e à aplicação de melhores práticas de ESG.
Para Janaina, este é um momento relevante para o segmento, considerando que as projeções de injeção de capital estão relacionadas a um estudo de fortalecimento da área a longo prazo. Além disso, uma cadeia verticalizada, com empresas em todos os elos, confere ao País uma vantagem competitiva significativa.
“Em momentos de crise, como a pandemia ou a guerra entre Ucrânia e Rússia, ter ativos locais é uma vantagem. Esses exemplos demonstraram a importância da autossuficiência”, destacou.
Menos carbono, mais consciência
A presidente ressaltou também a importância de abordar questões sensíveis, como o impacto da indústria nas comunidades indígenas e ribeirinhas: “A produção responsável é essencial. Devemos adotar práticas que respeitem o meio ambiente e promovam o desenvolvimento das comunidades locais. Além disso, a descarbonização é uma prioridade”.
A demanda global por alumínio com menor pegada de carbono é assunto recorrente em âmbito mundial – e existe uma oportunidade gigante para o Brasil nesse cenário. Segundo Janaina, o País deve aproveitar suas vantagens competitivas, produzindo alumínio que atenda os mais altos padrões técnicos, operacionais e ambientais.
Por isso mesmo, os investimentos em descarbonização e modernização tecnológica são cada vez maiores por aqui. Vale salientar que o território brasileiro mantém sua posição como grande exportador de alumina, o que impulsiona ainda mais o segmento.
“Estamos olhando para o longo prazo. As empresas apostam no crescimento da demanda e o Brasil está se tornando um destino atrativo para investimentos externos. Somos um player importante e temos os recursos necessários para produzir alumínio e exportar excedentes. Isso é uma vantagem real e competitiva.”
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