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Cresce a demanda por cabos de alumínio no país

Além de diferenciais como extrema leveza e baixo custo, metal é infinitamente reciclável

Os constantes furtos de fios e cabos de cobre têm impulsionado as cidades a repensar essas instalações tanto para reduzir os atos de vandalismo como para diminuir os gastos com reparos.

Conforme noticiado no portal Revista Alumínio, em julho, a Companhia Municipal de Energia e Iluminação do Rio de Janeiro (Rioluz) anunciou a substituição de 8 mil km de cabos de cobre por alumínio na Linha Vermelha.

O projeto da Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública – que inclui a empresa SmartLuz – busca soluções como a instalação de materiais com menor valor comercial.

Com o mesmo objetivo, em agosto, a prefeitura de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, investiu R$ 80 mil para adquirir 10 mil m de cabos de alumínio para trocar a fiação da iluminação de 1,5 km de trilha do Parque Henrique Luis Roessler.

Paulo Cezar Martins Pereira, superintendente de Vendas e Marketing da Termomecanica, ressalta que o uso de cabos de energia de alumínio em redes urbanas não é recente. Já foi e é amplamente utilizado nas distribuidoras de energia elétrica em áreas urbanas e não urbanas.

“Hoje em dia, em áreas urbanas, os cabos de cobre tendem a ser mais utilizados em interconexão de curta distância, em centrais, onde se têm grandes transformadores. Quando falamos em instalações de distâncias maiores, inevitavelmente há utilização de cabos de alumínio”, afirma.

Alumínio x cobre

Marcondes Silvestre Takeda, gerente de Produto do Grupo Prysmian, explica que o cabo de cobre costuma ser empregado em instalações que visem a minimizar o volume, como no cabeamento de equipamentos elétricos. Já o de alumínio é aplicado para reduzir a massa, como em transmissão e distribuição aérea de energia.

“A solução mais apropriada depende do projeto, situação, localização, orçamento e requisitos de segurança. No entanto, as principais diferenças técnicas entre os cabos de alumínio e de cobre estão relacionadas a condutividade elétrica e à densidade volumétrica”, afirma Takeda.

Em seu estado puro, o alumínio tem condutividade elétrica de 62%, segundo o International Annealed Copper Standard (IACS). Mesmo inferior em relação ao cobre (100%), o índice se soma à extrema leveza e facilidade de montagem e manutenção que proporciona aos sistemas.

Em relação à densidade volumétrica, o alumínio tem 2,70g/cm3 versus 8,89g/ cm3 do cobre. “Para ter a mesma capacidade de condução de energia, o cabo de alumínio deverá ter secção transversal maior em diâmetro em relação ao de cobre, mas, ainda assim, é menos pesado devido à sua menor densidade”, detalha o gerente do Grupo Prysmian.

Outros diferenciais técnicos estão relacionados à dilatação linear, resistência à tração e à oxidação, fatores que também deverão ser considerados na definição dos projetos e dos métodos e procedimentos de instalação.

“O custo do cabo de alumínio também é inferior. Como referência, a média das cotações mensais do alumínio nos últimos 12 meses na London Metal Exchange (LME) foi de US$ 2.758/t contra US$ 9.058/t do cobre, diferença de 3,3 vezes.”

Acrescente-se a isso a sustentabilidade, já que, desde a etapa da mineração de bauxita, que dá origem ao alumínio, são usados métodos modernos que incluem o reflorestamento das áreas logo após a lavra. O metal também é infinitamente reciclável.

Benefícios dos cabos de alumínio

Foto: Divulgação Prysmian

 

  • Menos peso para manusear no processo de instalação;
  • Viabiliza a instalação aérea;
  • Menos custo de aquisição;
  • Menos atrativo para roubo e furto (o valor do alumínio é inferior ao do cobre, além de pesar menos por metro de cabo).

 

Inovação

Conforme explica Paulo Cezar Martins Pereira, superintendente de Vendas e Marketing da Termomecanica, hoje é mais comum a utilização de cabos de ligas mais complexas, com funções determinadas adicionais.

“Podemos citar o uso recente da liga AA 1120 (de origem australiana), a liga AA 6201 para produção de cabos mais leves e resistentes, cabos para instalações em áreas urbanas com proteção e cabos antirroedores. Esses dois últimos, já existem há algum tempo no mercado.”

O Grupo Prysmian, por exemplo, desenvolveu o cabo de alumínio anti-tracking para aplicação em redes aéreas abertas de distribuição primária de energia, sobretudo em áreas rurais. A partir desse desenvolvimento, o cabo passa a permitir a ancoragem mecânica diretamente em sua cobertura.

Perspectivas do setor

A Termomecanica vê com boa expectativa o crescimento desse mercado devido a alguns fatores: substituição dos cabos de alumínio em final de vida útil, bem como a via de novos projetos incluídos no Plano Decenal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a substituição das redes de cabos de cobre por alumínio.

Para o Grupo Prysmian, o Brasil iniciou, há algum tempo, um processo de transformação no cenário de energia com a inserção cada vez maior das fontes de geração renováveis na matriz energética. E deve prosseguir nos próximos anos.

“Os projetos advindos dessas fontes, especificamente de geração centralizada, trazem grandes demandas de cabos de alumínio para as aplicações nos grids de média tensão, nos circuitos de baixa tensão dos arranjos fotovoltaicos e nas respectivas linhas de transmissão aéreas para conexão das plantas geradoras ao sistema interligado principal”, conta Takeda.

Segundo o gerente do Grupo Prysmian, em distribuição de energia de baixa tensão, para os ramais de ligação de consumidores, a migração da demanda de cabos antifurto de energia de cobre tem se intensificado para cabos de alumínio ou híbridos alumínio-cobre, dentro de um cenário de aumento da utilização desse tipo de cabo na demanda geral das distribuidoras de energia elétrica.

Capacidade produtiva para atender leilões de transmissão

Na Alubar, a demanda por cabos elétricos de alumínio também tem aumentado ao longo dos anos no Brasil.

Com os diversos leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao longo de 2022, para os novos empreendimentos no setor elétrico, a empresa conquistou lotes importantes e vai fornecer cabos de alumínio para os estados de Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e São Paulo.

“A empresa está em processo de expansão de suas operações e é muito importante mostrar o potencial da indústria brasileira e contribuir para o desenvolvimento do país, levando energia para todos os cantos da nação. Estamos projetando uma capacidade produtiva para atender todos os grandes leilões de transmissão previstos para 2023”, conta Maurício Machado, diretor Comercial América Latina da Alubar. 

O material que a Alubar fornecerá às linhas de transmissão é a liga de alumínio 1120. Com propriedades otimizadas, o produto possibilita um equilíbrio ideal entre condutividade elétrica e resistência mecânica, eliminando a utilização de aço, despontando como uma excelente opção para cabos condutores das linhas de transmissão e distribuição.

A produção dos cabos de alumínio é realizada pela Alubar Metais e Cabos, em Barcarena (PA) e pela Alubar Montenegro, no Rio Grande do Sul. A entrega dos cabos para os projetos relacionados no leilão de junho de 2022 será feito entre o segundo semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2025.

“Nossa capacidade produtiva e a qualidade de nossos produtos são diferenciais competitivos. Buscamos inovar e apresentar ao mercado o que há de mais moderno no segmento”, afirmou o diretor.

Crédito da imagem de abertura: megafilm/br.freepik.com

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