A Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz) anunciou que substituirá oito mil quilômetros de cabos de cobre por alumínio na Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, para reduzir os atos de vandalismo.
O projeto da Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública – que inclui a empresa SmartLuz – busca soluções como a instalação de materiais com menor valor comercial. Hoje, o metro do cabo de cobre pode custar até quatro vezes mais do que o de alumínio.
No primeiro semestre, os gastos provocados pelos furtos na cidade mais que dobraram. O prejuízo saltou de R$ 250 mil em maio para R$ 504 mil em junho, só com reparos de 29 mil metros de cabos e 111 luminárias de LED roubadas do sistema.
Inúmeras vantagens
Além do menor custo, o alumínio apresenta outras características que o tornam ideal para o setor de cabos nas áreas de distribuição e transmissão de energia pelo país.
Em seu estado puro, o metal tem condutividade elétrica de 62%, segundo o International Annealed Copper Standard (IACS). Mesmo inferior em relação ao cobre (100%), esse índice se soma a extrema leveza e facilidade de montagem e manutenção que proporciona aos sistemas.
Os cabos de alumínio ajudam a reduzir, por exemplo, o número de torres de transmissão instaladas, pois percorrem longas distâncias devido ao baixo peso.
Outro diferencial é a sustentabilidade, já que desde a etapa da mineração de bauxita são usados métodos modernos que incluem o reflorestamento das áreas logo após a extração. O metal também é infinitamente reciclável.
Imagem de abertura: Fábio Motta /Prefeitura do Rio de Janeiro