Com duas unidades na cidade do Rio de Janeiro e uma em São Paulo, o Olivia Saladas foca na gastronomia orgânica para refeições rápidas sem abrir mão de práticas sustentáveis. Todos os impactos de sua atividade são considerados, desde a origem dos ingredientes até a entrega do pedido para o consumidor final, enviado dentro de marmitas de alumínio.
“Ao escolher o delivery pela primeira vez, o cliente compra a sua embalagem de alumínio no valor de R$ 10. Nos próximos pedidos, basta sinalizar pelo site que a devolverá. Assim, fazemos a entrega do novo pedido e recolhemos as embalagens anteriores. O cliente nunca mais pagará por ela e nem gerará lixo”, explica Eva Schvartz, empresária que idealizou o negócio em 2016.
Com relação ao alumínio, o restaurante quer ir além: busca parceria com a indústria para desenvolver uma embalagem personalizada.
A marca é certificada pelo Sistema B, movimento global que considera, além do retorno financeiro, outros indicadores para medir o sucesso de um negócio, como impactos ambientais e sociais. E, nesse contexto, o Olivia Saladas tem buscado reduzir a geração de lixo plástico ao fomentar o delivery — realizado por meio de bicicleta sempre que possível — com as embalagens reutilizáveis via logística reversa.
Além das marmitas, todos os potes (sopa ou sobremesa) e garrafas de vidro (bebidas) do restaurante podem ser devolvidos em troca de R$ 1 de crédito por unidade. Apenas na unidade localizada no bairro do Itaim, em São Paulo, é possível receber o pedido em uma embalagem descartável de papel.
Barreira completa
O restaurante chegou a utilizar embalagens de aço inox para entregar as saladas, mas, por conta do custo, procurou por alternativas no mercado. As marmitas de alumínio, além da praticidade, agregaram vantagens.
Isso porque o metal tem a menor pegada de carbono dentre os materiais mais reciclados: a taxa é de 136% de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), enquanto a caixa cartonada e a garrafa PET possuem, respectivamente, 157% e 280%.
Além disso, o alumínio é a “barreira completa” mais leve disponível no mercado. É impermeável à luz, gás, vapor de água, óleos, gorduras, oxigênio e micro-organismos. O metal mantém os alimentos frescos, seguros e saborosos — ou seja, preserva a qualidade por um longo período.
“Quando vamos comprar algo é preciso considerar a pegada ecológica que aquele produto carrega do início ao fim. Aliás, tudo que tiver um “fim” envolvido precisa ser repensado. Por isso, além de usar o alumínio, com o apoio de clientes conscientes e engajados é possível promover a entrega reversa, com embalagens reutilizáveis, de um material altamente reciclável”, reforça a empresária.