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Versatilidade e proteção para produtos: vantagens do alumínio em embalagens flexíveis

Conheça as soluções e tendências que tornam esses produtos uma escolha sustentável e prática para a indústria

O uso do alumínio em embalagens flexíveis tem se destacado no mercado devido às suas inúmeras vantagens. Com soluções inovadoras e o surgimento de novas tendências, esse tipo de embalagem desempenha um papel crucial no setor, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores.

De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), as embalagens flexíveis já respondem por 40% do consumo de alumínio no Brasil. O metal, além de ser inerte, leve e resistente, é reciclável e versátil, proporcionando facilidade de conformação e moldagem.

Benefícios

A contribuição do alumínio para a preservação da qualidade e da vida útil dos produtos embalados está entre os principais benefícios do seu uso em embalagens flexíveis.

“O alumínio atua como uma barreira eficiente contra aromas, luz, oxigênio, gases e vapor d’água, mantendo a qualidade dos alimentos por um período prolongado”, pontua Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens. “Isso resulta em maior vida útil dos produtos embalados, evitando o desperdício e garantindo a satisfação dos consumidores. Além disso, oferece acabamento brilhante/brilhante ou brilhante/fosco às embalagens, destacando os produtos nas prateleiras.”

Daniella Sá de Lima, consultora do Sistema de Gestão do Grupo Tiliform acrescenta que, em comparação com outras opções de filmes disponíveis no mercado, a barreira conferida pelo alumínio é significativamente superior, especialmente para produtos higroscópicos, como suplementos em pó e frutas liofilizadas. As embalagens, por sua vez, atendem a grande maioria das aplicações.

Foto: Divulgação Grupo Tiliform

“É importante destacar que o alumínio, ao servir como barreira em embalagens flexíveis para produtos que contêm óleos e gorduras em sua formulação, é uma excelente opção para preservar a textura e crocância dos alimentos, graças às suas características”, indica Daniella Sá de Lima. “Adicionalmente, o alumínio possui elevada resistência térmica. Portanto, essas embalagens flexíveis podem ser utilizadas tanto para o congelamento como para o aquecimento dos produtos, de acordo com a necessidade.”

Eduardo Colen Nunes, general manager da divisão de embalagens flexíveis da Sonoco-Graffo na América Latina, empresa norte-americana que oferece soluções com embalagens flexíveis, informa que o alumínio está na lista positiva da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e atende ao Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental dos Estados Unidos que controle os alimentos. O alumínio também cumpre o Regulamento UE1935/2004 na Europa, que certifica o material para uso em embalagens em contato com alimentos. Isso significa que os materiais inteligentes têm a flexibilidade legal de controlar e monitorar as propriedades dos alimentos, como níveis de umidade, variações de temperatura, presença de bactérias e outros aspectos relevantes.

Nunes lista as maiores vantagens da utilização de alumínio nas embalagens flexíveis, que, segundo ele, oferecem um excelente valor agregado aos produtos:

– Aumenta o prazo de validade do produto, considerado hoje como a melhor barreira para estudo de validade, garantindo que não haja desperdício de alimentos;

– É atóxico;

– Oferece barreira à luz, aos gases, ao vapor d’água e aos aromas;

– É impermeável à gordura;

– É maleável;

– Possui alta durabilidade;

– Não é absorvente;

– Conduz calor;

– É infinitamente reciclável;

– Apesenta visual nobre.

Tendências e inovações

No campo das embalagens flexíveis de alumínio, Assunta, do Instituto de Embalagens, acrescenta que há tendências recentes e inovações promissoras que impactam a indústria. No Brasil, observa-se a migração de embalagens flexíveis tipo portfólio para o flow pack, que oferece melhor vedação, especialmente na categoria de doces, biscoitos e bombons. Além disso, tecnologias de alta barreira, como embalagens retortable e a vácuo, têm possibilitado o empacotamento de alimentos pré-preparados.

“As embalagens flexíveis de alumínio também estão presentes na categoria de produtos para consumo individual, como bolo de caneca, biscoitos, sucos, iogurtes e purês de frutas e legumes. Uma inovação interessante são as embalagens flexíveis com dois compartimentos selados independentemente, as quais oferecem praticidade e conveniência aos consumidores. Um exemplo é a adotada pela Knorr, que contém, de um lado, uma mistura para tempero de frangos e, do outro, o invólucro para assar a ave”, frisa Assunta.

Um produto do futuro

Para Alexandre Sartori, engenheiro-máster de Desenvolvimento de Produtos da Novelis América do Sul, entre as muitas vantagens das embalagens flexíveis de alumínio, ser sustentável é a maior delas, já que o metal é 100% reciclável sem que perca suas características.

“É importante que as empresas produtoras se engajem na logística reversa das embalagens que produzem, a fim de que esses materiais possam ser separados adequadamente no descarte e, posteriormente, reaproveitados”, alerta Sartori.

O alumínio é um produto do futuro nesse sentido e pode oferecer melhor qualidade com menor índice de emissões.

“Para embalagens flexíveis, a CBA tem um projeto específico de reciclagem desse tipo de produto. É a Tecnologia ReAL (Recycling Aluminium), legitimamente nacional, que separa o alumínio e o polímero dessas embalagens (flexíveis e cartonadas, que servem para embalar alimentos, bebidas, cosméticos, entre outros produtos), garantindo boas propriedades dos dois materiais, os quais poderão ser utilizados em novas embalagens, primárias ou secundárias”, considera Fernando Varella, diretor do Negócio Produtos Transformados, Inovação e Transformação Digital da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

A tecnologia ReAL utiliza uma solução alcalina para isolar o alumínio do plástico. Assim, o metal é separado e, por ser infinitamente reciclável, volta ao processo produtivo, podendo dar origem novamente a uma folha de alumínio para embalagens, assegurando 100% das suas propriedades. O plástico não reage em meio alcalino e, portanto, sai totalmente limpo ao final do processo, podendo ser reciclado e utilizado em aplicações mais nobres.

Aplicação no mercado

Atualmente, o alumínio para embalagens flexíveis é utilizado por meio de folhas, proveniente de um processo de laminação com rolos aquecidos até o momento em que se tornam folhas classificadas entre grossas, médias, finas e extrafinas.

Na Sonoco-Graffo, utilizam-se folhas extrafinas, finas e médias, variando a espessura de 6 µm (unidade de medida microscópica) a 40 µm. Essas folhas podem ser agregadas a outros tipos de substrato, como papel, filmes e outras matérias-primas, por meio da laminação, processo que consiste em unir dois ou mais substratos utilizando um equipamento rotativo com aplicação de adesivo/cola.

“As embalagens flexíveis com folha de alumínio fornecidas pela Sonoco-Graffo estão presentes na vida de todos os consumidores finais. Por exemplo, em envoltórios de manteiga, chocolates, balas e chicletes, tampas e selos para iogurtes, sachês para temperos, cigarros e café, pouches para líquidos e para a indústria farmacêutica”, explica Nunes.

Entre os principais lançamentos da empresa estão as embalagens para o segmento de chocolates, no que diz respeito às datas comemorativas e também voltados para inovações em sustentabilidade com embalagens D4R (Design for Recycle).

Daniele Rodrigues, da área de Gestão da Qualidade e responsável técnica do Grupo Tiliform, explica que os lançamentos mais recentes são de embalagens para o ramo alimentício, principalmente suplementação, e para cosméticos, com os refis em stand up pouch personalizados.

“Eles agregam valor ao produto devido à sua versatilidade e excelente moldabilidade. As embalagens flexíveis de alumínio, além de todas as vantagens de proteção, conservação e barreira a gases, transmite um ar de sofisticação, conferindo detalhes metálicos. Assim se tornam cada vez mais atrativas e com aparência nobre, podendo ter o acabamento na opção brilhante ou fosca”, destaca Daniele Rodrigues, do Grupo Tiliform.

Crédito da imagem de abertura: Divulgação Sonoco-Graffo

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