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Jovens mulheres ingressam e progridem na indústria do alumínio

Conheça a história de profissionais que têm desenvolvido a carreira no setor

As companhias que integram a cadeia produtiva do alumínio contam com diversos programas e iniciativas que funcionam como ‘porta de entrada’ para muitas jovens no mercado de trabalho.

A busca pela diversidade e as políticas afirmativas e de valorização têm ajudado e mudado a vida de mulheres de diferentes regiões do Brasil, que encontram no setor oportunidade de qualificação e desenvolvimento profissional.

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Albras

Maria Matos, 24 anos, é um desses exemplos. Nascida em Belém e formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará (UFPA), ela começou a trabalhar na Albras como estagiária em 2022 — e foi efetivada em menos de um ano. Hoje, atua na área de Planejamento de Manutenção da planta de Barcarena (PA).

 

 

“Quando estava na faculdade, sempre ouvia falar sobre o programa de estágio da Hydro e da Albras. Tive vários amigos que participaram e estava de olho na oportunidade. Foi um grande desafio ser selecionada dentre mais de sete mil candidatos, mas queria muito e sabia que a experiência na indústria seria um diferencial para a minha carreira”, afirma.

Dentro da companhia, Maria encontrou o incentivo que esperava para aprender e se desenvolver.

“Participei de vários cursos complementares no estágio, conheci novas técnicas além de transitar por diversas áreas. Sempre fui incentivada a conhecer tudo e ter contato com profissionais de todo o país, além de diversas formações.”

Graças à política de diversidade da empresa, a profissional disse sente que as mulheres são exaltadas e celebradas no trabalho.

“Eu acredito que as mulheres têm uma resiliência grande e a indústria precisa disso para fazer a diferença. Todo mundo sabe que a mão de obra feminina tem algo especial. Na Albras, sentimos que esse trabalho é bem acolhido e utilizado de forma planejada e construtiva. Sinto que posso crescer aqui dentro, assim como minhas colegas de profissão.”

Alubar

Tânia Carvalho dos Santos, de 29 anos, é analista Comercial da Alubar e iniciou a carreira como estagiária, mas na área de Recursos Humanos. Natural de Limoeiro do Ajuru (PA), morou em uma comunidade ribeirinha até os 17 anos, quando se mudou para Belém.

 

“Na época, era difícil ter acesso à faculdade nos municípios do interior. Então, me mudei para estudar. Fiquei na casa da minha tia, terminei o Ensino Médio e consegui uma bolsa para fazer faculdade de Administração em uma universidade particular”, conta a analista.

Tânia passou por dois processos seletivos, sendo um deles para a vaga de estágio na área de RH da Alubar, em Barcarena (PA), para qual foi aprovada.

“Fiquei os dois anos de estágio e o programa foi bem completo para a minha formação. Meu tempo foi dividido de maneira que eu passasse por todas as áreas do RH. Mas, no final, não tinha vaga efetiva disponível no setor.”

Nesse período, Tânia soube que havia uma vaga aberta para assistente Comercial na empresa. Candidatou-se e foi aprovada.

“A área Comercial foi um mundo novo e tive sorte, porque as minhas experiências anteriores me prepararam para esse momento”, afirma.

Em 2019, surgiu a oportunidade de ser analista. Nessa época, Tânia cursou MBA em Marketing. Depois migrou para a parte Comercial de Alumínio, que é o carro-chefe da empresa e, em seguida, recebeu o convite para trabalhar na Alubar Global Management, em São Paulo (SP).

“Tenho muito orgulho de trabalhar na Alubar. Possuo uma equipe que está sempre comigo e não tenho o que falar. Costumo dizer que, cada contato com o cliente, tem a intenção de dar o melhor atendimento para que se lembre da Alubar na hora de comprar cabos elétricos. A gente se torna o rosto da empresa para o cliente”, alega.

Para jovens mulheres no mercado de trabalho, Tânia dá a dica:

“Que sejam ousadas, corajosas e nunca desistam dos seus sonhos. Sou a prova viva de que, independentemente da vaga que apareça ou das dificuldades que surgirem, com dedicação, determinação e preparação as oportunidades surgem.”

Alumar

Largyla Torres Mendes, 29 anos, é natural de Chapadinha (MA), cidade localizada a 400 kms da capital São Luís. Engenheira Mecânica pela Universidade  do Estado do Maranhão (UEMA), ela possui pós-graduação em Análise Computacional de fluidodinâmica (CFD).  Em 2015, a profissional ingressou, por meio do programa de estágio, no Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar) – formado pelas empresas Alcoa, Rio Tinto e South32, em São Luís.

“Sempre gostei de automobilismo. Queria ser engenheira de Fórmula 1. Mas minha história trilhou outros caminhos. Estou feliz na área de Manutenção”, revela.

Segundo Largyla, o programa de estágio, desenvolvido pela Companhia de Talentos, foi muito acolhedor.

“Na dinâmica de grupo, a gerente de RH da Alumar mostrou que a empresa queria ter 50% de profissionais compostos por homens e 50%, por mulheres nos próximos anos. Isso foi um grande motivador para mim. Senti que tinha oportunidade para crescer.”

Na área de Projetos, a estagiária pôde ampliar o olhar amplo sobre a fábrica. Logo em seguida, ela foi contratada como engenheira júnior na área de Manutenção da Refinaria.

“Assumi duas áreas, de Retroporto e Digestão, por dois anos. Fui premiada com o projeto de aumento de produção pela companhia. Tive a oportunidade de fazer apresentações para o presidente da Alcoa no Brasil e para o CEO da multinacional”, comemora.

A trajetória foi rápida. Após dois anos, assumiu como engenheira sênior e hoje é responsável pela Engenharia de Manutenção de algumas áreas da refinaria.

Apesar do ambiente majoritariamente masculino, Largyla teve facilidade no relacionamento. Sua personalidade colaborou para isso.

“Gosto de futebol e automobilismo. Isso ajudou a quebrar o gelo. Mas a confiança técnica é importante e sempre fiz amizades no trabalho.”

Para a engenheira, a indústria do alumínio representa a transformação de sua vida.

“Sou grata pela oportunidade que tive na Alumar. Se não tivesse entrado na companhia, não seria a profissional que sou hoje. Me considero boa no que faço graças ao ambiente em que consegui me inserir.”

MRN

Gislaine Santana da Silva, 22 anos, trabalha como operadora de Usina de Geração de Energia da Mineração Rio do Norte (MRN). Moradora da comunidade Boa Vista, município de Oriximiná (PA), ela ingressou na companhia por meio do programa Jovem Aprendiz.

 

“Eu morava com meu pai na comunidade Ajudante e ele me levava ao trabalho de rabeta, aquela embarcação bem pequena com um motor acoplado, todos os dias. Era bem cansativo e muitas vezes vinham o desânimo e a vontade de desistir. Porém, sempre procurei manter a cabeça erguida. Com o tempo, fui morar com um tio na comunidade Boa Vista. Como era mais perto da empresa, o trajeto ficou mais fácil”, narra a operadora.

Como Jovem Aprendiz, Gislaine pôde se desenvolver na teoria e na prática.

“A MRN é uma empresa que preza muito pela segurança dos empregados. Estamos sempre pensando no próximo e ajudando no que for possível. O mais importante disso foi aprender que, se temos um sonho, precisamos ter coragem para começar, forças para buscar e humildade para alcançar. Estar hoje na empresa é motivo de orgulho e superação. Mesmo com tantos obstáculos, não desisti.”

De olho no desenvolvimento profissional, ela pretende estudar Engenharia Mecânica, além de outros cursos que possam agregar ainda mais no currículo.

Para as jovens que ainda não sabem o querem com relação à profissão, Gislaine aconselha.

“É normal ter insegurança e dúvidas. O que não pode é desistir no meio do caminho. Seja persistente, pense que lá na frente tudo que está passando agora será apenas lembrança. Faça o seu melhor, no seu tempo”.

Novelis

Cátia Pinto, 34 anos, nasceu em Itamonte, cidade localizada no interior de Minas Gerais. Atualmente mora em Pindamonhangaba (SP), onde está instalado o complexo de reciclagem da Novelis.

Formada em Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo (USP), Cátia, a mais nova de uma família de quatro filhos, seguiu os passos do pai, serralheiro, que tinha o sonho de fazer graduação.

Em 2012, a engenheira iniciou a trajetória na Novelis, ainda como trainee. Sua primeira área de atuação na organização foi como engenheira de Acabamentos. Em 2016, com 27 anos, tornou-se a primeira mulher e mais jovem no cargo de Coordenadora de Processos.

A profissional também passou pela coordenação de Processos de Laminação a Quente e de Processos na Refusão.

Cátia acumula dois prêmios: um recebido na Índia, em 2016, onde fica a sede da Novelis global; e outro em 2018, para profissionais com carreira pautada em inovações de engenharia.

Hoje, como gerente de Performance de Produto da Novelis, sonha em abrir caminhos e alavancar a carreira de muitas colegas em sua trajetória.

Suas perspectivas para o futuro incluem continuar a se desenvolver e compartilhar os aprendizados adquiridos com os profissionais com os quais convive.

Termomecanica

Edmaria Fontes, 27 anos, é graduada em Engenharia de Produção e pós-graduada em Gestão de Processos. Ingressou na Termomecanica como aprendiz em 2016. Após término do contrato, estagiou em outra indústria e retornou para a companhia como profissional em 2017.

“Durante o primeiro ano atuei na área Administrativa Industrial. Em 2019 recebi uma oportunidade de trabalhar na Diretoria de Operações. Em seguida, migrei para diretoria geral, executando atividades de análise de dados. Em 2023, recebi nova oportunidade de atuar na área de inteligência de mercado.”

Ter feito um rodízio de tarefas nas áreas industriais desde o início, possibilitou à profissional entender de perto os processos fabris, a gama de ligas e as aplicações dos produtos.

“Em todas as áreas que trilhei ao longo da minha trajetória, sempre tive o prazer de lidar com excelentes profissionais, mestres, doutores e sêniores que foram verdadeiros professores e agregaram valor ao meu aprendizado.”

Com a recente chegada da linha de alumínio na operação, Edmaria pôde mergulhar na infinidade de aplicações do metal.

“Na área de inteligência de mercado, teremos o desafio de buscar continuamente o entendimento aprofundado do nosso mercado e processos. Na minha carreira, tenho como perspectiva contribuir com os resultados e crescimento da corporação.”

Fotos: Divulgação Albras, Alubar, Alumar, MRN, Novelis e Termomecanica

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