O Dia Internacional da Mulher em 2025, comemorado no dia 8 de março, chega com um pedido forte e unido, cujo tema é “Para todas as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento”. Mais do que uma celebração, a data serve como um guia, mostrando o caminho para um futuro feminista em que a igualdade não seja apenas uma aspiração, mas uma realidade para todas as mulheres.
No Brasil, o mercado de trabalho feminino experimentou um marco histórico no segundo trimestre de 2024, com um nível de ocupação de 48,1%, o maior já registrado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a disparidade em relação aos homens, cujo índice alcança 68,3%, revela que a jornada rumo à equidade está longe de ser concluída. Barreiras como a sobrecarga de tarefas domésticas ainda impedem a plena participação das mulheres no mercado de trabalho.
A indústria brasileira, por sua vez, demonstra um crescente compromisso com a inclusão feminina. De acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as mulheres representam um quarto da força de trabalho no setor, com um aumento notável na participação em cargos de gestão, saltando de 24% em 2008 para 31,8% em 2021.
Embora ainda distante da igualdade presente em outros setores, o crescimento na indústria supera significativamente a média nacional. Uma pesquisa recente da CNI revela que seis em cada dez indústrias brasileiras já implementaram programas ou políticas de igualdade de gênero, com 61% delas mantendo essas iniciativas por mais de cinco anos. Entre as medidas mais adotadas destacam-se a política de paridade salarial (77%), a proibição de discriminação por gênero (70%), os programas de qualificação feminina (56%) e o incentivo à ocupação de cargos de liderança (42%).
As empresas brasileiras do mercado de alumínio são um exemplo disso, pois estão cada vez mais empenhadas em promover o aumento da participação feminina em seus quadros de trabalhadores, tanto nas linhas de produção como em cargos gerenciais e de chefia. Isso ocorre não apenas pelo respeito à igualdade e aos direitos, mas também por entenderem que a diversidade de ideias e experiências torna os negócios mais fortes.
Força feminina!
Janaina Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), é um dos maiores exemplos de liderança feminina nesse segmento, inspirando e abrindo caminho para futuras gerações de mulheres.
A executiva assumiu a liderança da associação em 2021, um período desafiador em meio à pandemia, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo. Contudo, para ela, a experiência não foi marcada por desafios, e sim pela excelente receptividade do setor. Com sete anos de experiência na indústria, ela já era conhecida e respeitada por seus colegas, o que facilitou a transição para a presidência da ABAL.
Janaina destaca que sua trajetória é um reflexo da modernização e preocupação da indústria do alumínio, que vem se mostrando cada vez mais aberta à diversidade.
“A indústria do alumínio já conta com uma boa participação feminina. Ainda que pequena, é bem mais representativa em comparação com outras e vem crescendo em todas as áreas, do chão de fábrica aos cargos de liderança. Além disso, o conselho da entidade hoje está totalmente diversificado, algo que não era realidade há alguns anos. Essa transformação demonstra uma mudança de chave extremamente positiva”, afirmou Janaina em entrevista recente ao JR Business da Rede Record.
A ABAL reconhece e homenageia as valiosas contribuições das mulheres em um vídeo especial. Confira:
Oportunidades reais
A Alcoa é uma das empresas do setor que têm fortalecido a participação feminina em suas operações e comunidades, implementando diversas iniciativas para promover a igualdade de gênero. A empresa, com unidades em Poços de Caldas (MG), Juruti (PA) e São Luís (MA), acredita que a diversidade e a inclusão são pilares fundamentais para um futuro mais justo e inovador.
Entre as ações, está a Rede de Mulheres Alcoa (AWN), que há mais de vinte anos oferece suporte para o desenvolvimento de carreira das suas funcionárias. O programa de mentoria e capacitação Eleva também tem impulsionado talentos femininos e apoiado sua ascensão dentro da empresa. Além disso, a Alcoa adota vagas afirmativas para aumentar a representatividade feminina no setor industrial. A empresa busca ainda impactar positivamente as comunidades por meio de projetos sociais voltados ao empreendedorismo feminino e à geração de renda, oferecendo capacitação e suporte para que mulheres conquistem independência financeira.
“Promovemos ações concretas a fim de fortalecer a presença feminina e criar oportunidades de crescimento tanto dentro da empresa como nas comunidades onde atuamos. Em 2024, encerramos o ano com representatividade de 25% de mulheres em nosso quadro de funcionários e 33% ocupando posições de liderança, mas queremos ir além. Nossa meta é alcançar até 2030 pelo menos 35% de representatividade feminina em nossa força de trabalho e 50% na liderança. Seguimos firmes nesse compromisso, pois acreditamos que um futuro mais diverso e inclusivo beneficia a todos”, afirma Gisele Salvador, CFO da Alcoa no Brasil.
Fortalecimento feminino
A AMG Brasil, empresa de produção de minerais críticos, materiais especiais e energia, tem como premissa promover um ambiente mais inclusivo, valorizando a diversidade de talentos, ideias e experiências. Para isso, tem investido há anos em iniciativas voltadas à diversidade e inclusão, consolidando seu compromisso com a equidade no setor mineral.
Entre as ações, notabiliza-se a adesão, em 2023, ao Women in Mining Brasil (WIM Brasil), movimento que almeja ampliar e fortalecer a participação feminina na mineração. A iniciativa vai além do estímulo à diversidade, contribuindo para a inovação, segurança e responsabilidade no setor. Na ocasião, representantes da AMG Brasil e do WIM Brasil formalizaram um plano de ações que impulsionam até hoje o protagonismo e o desenvolvimento das mulheres nos negócios da empresa.
“Essa parceria materializa os nossos esforços para estabelecer um ambiente voltado à valorização da diversidade e da inclusão, pois acreditamos que as pessoas podem chegar ao máximo do seu potencial quando estão inseridas em uma cultura respeitosa e com boas possibilidades de carreira”, argumenta Thais Guedes, gerente-geral de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da AMG Brasil.
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