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Setor de extrudados de alumínio retoma negócios após primeiro semestre difícil

Diante da retração de 21,3% nos primeiros seis meses do ano, empresas lidam com desafios e oportunidades

Integrantes da cadeia produtiva do alumínio, as indústrias de extrudados sofreram grande impacto da pandemia do novo coronavírus no Brasil, principalmente em razão da queda inevitável dos setores que mais utilizam esses perfis metálicos. A retração do consumo foi de 21,3% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019, de acordo com pesquisa divulgada pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

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O setor de transportes – segundo maior demandante de extrudados – apresentou redução de 33% no consumo de produtos de alumínio no período analisado pela ABAL. O resultado refletiu no desempenho do segmento dentro da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), como informa Fernando Wongtschowski, gerente de Estratégia Comercial e de Marketing da empresa.

A paralisação das montadoras no início do isolamento social e a queda dos pedidos de toda a cadeia que abastece esse mercado pesaram no resultado. O segmento de carroceria de ônibus também foi atingido: houve interrupção das atividades por conta dos protocolos de segurança e redução do consumo na ponta, tanto na demanda por ônibus urbanos como rodoviários.

“O mercado de implementos rodoviários vivenciou a mesma dinâmica, incluindo as montadoras que produzem os chassis e as que fabricam os implementos para transporte de carga”, acrescenta Wongtschowski.

Por outro lado, apesar de o setor de construção civil – maior comprador de extrudados no País – apresentar redução de 19,3% no consumo de produtos de alumínio no período analisado pela ABAL, a CBA ganhou participação neste mercado, ampliando as vendas em mais de dois dígitos.

De acordo com o gerente da CBA, outro dado positivo foi o fornecimento de extrudados para o setor de energia solar, que apresentou crescimento de 25% na demanda nos seis primeiros meses do ano, em comparação ao ano passado.

Já a área de Soluções em Extrudados da Hydro, fornecedora de vários mercados no País, também foi igualmente impactada pela crise sanitária.

“Graças à robustez da Hydro em suas operações, conseguimos atravessar esse período de maneira sustentável, preservando nossas operações e buscando novas oportunidades de negócios. Já observamos que essa área e as instalações de reciclagem tiveram melhora na sua capacidade de utilização no final do segundo trimestre”, declara Marcelo Rodrigues, diretor Comercial da área de Soluções em Extrudados.

Retomada gradual

Na avaliação do diretor da Hydro, a Covid-19 causou uma grande incerteza no mercado, que se refletiu na queda do Produto Interno Bruto (PIB) global e na redução da produção industrial no segundo trimestre deste ano.

“Apesar de não acreditar em uma retomada de curto prazo do nível de atividade industrial observado no período pré-pandemia, vemos o mercado reagindo e recuperando os negócios aos poucos”, afirma.

Segundo Rodrigues, a demanda reprimida na paralisação teve como consequência um crescimento das vendas após a reabertura do mercado — algo que deve se estabilizar nos próximos meses.

“O caminho para uma retomada de sucesso pode ser resumido na concentração de uma operação enxuta e flexível e ao ataque às oportunidades e negócios que pouco sofreram ou que se beneficiaram durante o período de crise. Além disso, o mix de mercados com recuperações diferentes também traz segurança no crescimento de médio prazo”, explica o executivo.

Já na visão do gerente da CBA, apesar dos desafios, o futuro pode trazer oportunidades diante das prováveis mudanças de comportamento das pessoas e novas tendências de consumo.

“O contexto que estamos vivenciando expandiu o olhar para o futuro, a consciência coletiva e a visão do ciclo de vida do produto. Variáveis como essas podem acelerar o desenvolvimento de soluções que gerem menos emissões, sejam mais recicláveis e tenham impactos mais positivos para toda a sociedade. Neste sentido, buscar a prontidão para as oportunidades futuras é essencial para a competitividade”, avalia.

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