Durável, leve e resistente à corrosão, o alumínio tem sido o material mais indicado para a fabricação de esquadrias, por meio de produtos extrudados. Hoje o setor, que inclui fachadas, janelas e portas, representa cerca de 80% do volume total do alumínio consumido na construção civil. A informação é de Magda Reis, consultora da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
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Segundo Alberto Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal), o setor também sofreu um impacto grande da pandemia do novo coronavírus.
“Ninguém sabia como seria, se haveria paralisação das obras, como o consumidor iria se comportar. Ter as lojas de materiais de construção abertas foi muito importante para manter o nosso mercado aquecido”, afirma.
A partir de um estudo de impacto junto às empresas, hoje a Afeal trabalha com três perspectivas de crescimento para 2020, todas com resultados negativos:
- Cenário otimista = -6,5%
- Cenário realista = -15,8%
- Cenário pessimista = – 24,5%
Apesar dos desafios, o presidente da Afeal observa avanços por conta da crise sanitária, principalmente na área digital.
“Nós já sabíamos que vários processos eram possíveis, mas não fazíamos por falta de cultura ou receio. Reuniões virtuais é um exemplo. Antigamente, pensávamos que elas não geravam confiança ou não teriam a mesma relevância que um contato presencial. Mas nos adaptamos e o resultado foi bom. Muitos horizontes se abriram”, relata.
Outras tendências que devem se intensificar na avaliação do executivo são as da Indústria 4.0 e a automação. Segundo Cordeiro, em meio à pandemia, também foi possível observar novas oportunidades para o setor e para construção civil, já que as pessoas estão mais tempo dentro dos seus lares.
“Elas precisam trabalhar em suas residências, as crianças estão em casa, todos passam mais tempo juntos naquele espaço. Isso exige qualidade de vida, uma casa arejada, ventilada e com luminosidade”, avalia.
Para o presidente da Afeal, outros fatores ajudaram a construção civil no País, tais como o auxílio emergencial, a liberação de crédito e a criação de novos programas de governo, como o Casa Verde e Amarela, que podem gerar negócios para o mercado de esquadrias de alumínio.