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Congresso do Alumínio: membros do governo ressaltam liderança estratégica do setor na sustentabilidade

Empresas do setor, organizações internacionais e representantes do Ministério do Meio Ambiente debatem caminhos e soluções para a atuação responsável do segmento

No segundo e último dia – 10 de abril – do 9º Congresso Internacional do Alumínio, promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) no Hotel Unique, em São Paulo, os painéis da manhã tiveram a temática “Juntos, somos sustentabilidade”, oportunidade para players do setor e integrantes do governo discutirem a descarbonização, economia circular, inovação na destinação de resíduos e exemplos de mineração responsável.  

Moderado por Leandro Campos de Faria, gerente-geral de Sustentabilidade da CBA, o painel com o tema “Alumínio como aliado estratégico para descarbonização e a transição energética” contou com a presença de Carlos Eduardo Neves, COO de Bauxita e Alumina da Norsk Hydro; Aloisio Lopes de Melo, diretor de Políticas de Mitigação, Adaptação e Instrumentos de Implementação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Jelena Aleksic, especialista em Descarbonização da Indústria, Alumínio e Metais Não Ferrosos do Fórum Econômico Mundial (FMC); e Fiona Salomon, CEO da Aluminium Stewadship Initiative (ASI), que participou de forma remota, por vídeo.

Os especialistas chamaram a atenção para a urgência da descarbonização no mundo até 2050 e da importância do trabalho em conjunto das empresas privadas e entidades como a ASI e o FMC com o governo brasileiro para se tornar cada vez mais sustentável.

O diretor do MMA, Aloisio de Melo, pontuou que uma das ações do novo governo foi assumir um papel de liderança global nas discussões da pauta.

“É um desafio, porque o cenário global nos mostra que ainda não estamos no caminho. Temos o compromisso de liderar pelo exemplo, colocando-se como referência de que é possível trabalhar essa questão e crescer economicamente. E o setor do alumínio faz parte dessa solução”, declarou.   

Economia circular
Já no painel “Economia circular: como alavancar os benefícios gerados pela reciclagem?”, foi a vez de Eunice Lima, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da Novelis, liderar o debate com a participação de Adalberto Maluf, secretário Nacional do Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA; Roseli Milagres, diretora de Supply Chain e Compras da CBA; e Talita Daher, analista de Produtividade e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O destaque do debate ficou por conta dos avanços governamentais apresentados em relação à logística reversa e reciclagem.


“Estamos criando estratégias, decretos e portarias para garantir o desenvolvimento desse setor, como a regulamentação de processos como rastreabilidade dos produtos, geração de empregos e leis de incentivo à reciclagem dos catadores etc. E nesse cenário a indústria do alumínio é essencial, pois já é um setor que recicla 60% dos seus produtos. As empresas de alumínio vão continuar a liderar a reciclagem e vão nos ajudar muito nesse processo”, afirmou o secretário do MMA.  

Resíduos da indústria
Rodrigo Gianotti, gerente de Refinaria e Áreas de Resíduos de Bauxita da Alcoa, foi o moderador do painel “Inovações no tratamento e destinação de rejeitos da mineração e resíduos da indústria”. Participaram Fábio Cirilo, gerente de Ecoeficiência e Energia da Votorantim Cimentos; Marcelo Montini, consultor-sênior Químico de Bauxita e Alumina da Norsk Hydro; e Roberto do Canto Neto, sócio-proprietário do Grupo ReciclaBR.

Além de expor seus exemplos de sucesso, os profissionais mostraram na economia circular as metodologias e tipos de aplicação que as empresas estão adotando no mercado e como os rejeitos de alumínio estão sendo destinados em setores como o da construção civil.

Mineração sustentável
No painel “Exemplos de mineração responsável que contribuem para a conservação de biomas sensíveis e manutenção da floresta intacta”, Hélio Lazarin, diretor de Operação da Alcoa, liderou o debate com a participação de Marco Fernandez Silva, gerente-geral de Licenciamento e Controles Ambientais da Mineração Rio do Norte (MRN); Paula Marlieri, gerente de Relações Externas da Hydro; e Luis Enrique Sanchez, professor da Universidade de São Paulo (USP).

Durante o debate, fez-se este alerta ao mercado: só sobreviverão no setor de mineração daqui para frente as empresas que tiverem um programa de desenvolvimento sustentável bastante agressivo. Foram discutidos o impacto da mineração na biodiversidade e como mitigá-lo.

“É inevitável que, para minerar é preciso intervir na biodiversidade. Os impactos são inevitáveis. Mas são necessárias soluções mais agressivas para a recuperação dessas áreas, como a restauração ecológica. Um termo inovador que começou a ser utilizado”, declarou o professor Sanches, ressaltando que, de qualquer forma, o que tem sido feito não é suficiente.

O docente da USP, inclusive, compartilhou sobre o Marco Global da Biodiversidade discutido na última COP28, cuja a meta é de 30 a 30: Restaurar 30% das áreas degradadas pela mineração e entregar isso até 2030. Sobre isso, a Hydro e a MRN apresentaram exemplos de suas soluções tecnológicas que estão sendo empregadas para a restauração dessas áreas e contribuindo assim para o alcance dessa meta e para a fabricação de um alumínio mais verde.

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