Apesar da pandemia da Covid-19, o mercado de latas de alumínio para bebidas registrou mais um aumento expressivo, de 22,6%, no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).
Vale lembrar que no ano passado o setor cresceu 7,3%, na contramão da instabilidade causada pela crise sanitária.
Nos primeiros seis meses de 2021, as latinhas que envasaram bebidas alcóolicas foram responsáveis pela ascensão de 19,7% das vendas. O resultado ampliou a liderança da embalagem no segmento cervejeiro.
Segundo o levantamento da entidade, cerveja e energético foram os produtos que se destacaram no período avaliado. Em relação ao formato, tem crescido as vendas da embalagem no formato sleek (269 ml).
“Nos deixa orgulhosos ver um setor pujante, que num momento tão difícil como este, vem fazendo a sua parte com geração de empregos, renda e abrindo novas oportunidades de negócios”, comenta Cátilo Cândido, presidente-executivo da Abralatas.
O dirigente explica que, além da chegada de três novas fábricas, o setor também está ampliando as linhas de produção existentes.
“Se analisarmos o Brasil sob a perspectiva das latas de alumínio, veremos que o país entrou de vez no mapa de investimentos da nossa cadeia produtiva”, afirma.
Opção sustentável
A latinha de alumínio é sustentável. No Brasil, ela é responsável por ¼ de todo o alumínio comercializado e tem uma taxa de reciclagem acima de 97%. Esse índice elevado contribuiu historicamente para evitar a emissão de 19 milhões de t de gases de efeito estufa entre 2005 e 2020, sendo 1,8 milhão de toneladas apenas no ano passado.
A embalagem também pode ser uma boa alternativa para as cervejarias de pequeno e médio portes que estão sofrendo com a falta de garrafas de vidro para manter a produção.
Segundo a Catalisi, plataforma dedicada a inteligência de negócios do mercado de cerveja no Brasil e no mundo, a indisponibilidade das garrafas de vidro começou no ano passado devido ao maior consumo da bebida nas residências por conta da pandemia da Covid-19 e persiste em 2021, impactando toda a cadeia.