Consumo de latas de alumínio cresce no Brasil em 2017

Embalagens de alumínio: setor projeta crescimento ponderado para 2021

Latas para bebidas e bandejas descartáveis podem ter demanda estabilizada no primeiro trimestre

A cadeia produtiva de embalagens de alumínio sofreu o forte impacto da paralisação do país em março do ano passado, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Em função do cenário adverso, o comportamento do consumidor foi de retração, o que impactou o resultado do mercado em 2020, assim como ocorreu em outros setores industriais.

A Associação Brasileira de Embalagens (Abre) divulgará, em março, um estudo macroeconômico relativo às atividades do ano passado. No entanto, Luciana Pellegrino, diretora-executiva da entidade, adianta que o segundo semestre de 2020 foi positivo. Com o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal, identificou-se aquecimento acentuado do consumo.

“A população entendeu como seria a dinâmica da quarentena e retomou os hábitos de compra, principalmente as bebidas em latas de alumínio. Era um momento de descontração e satisfação para as pessoas dentro de seus lares”, justifica a diretora.

A perspectiva para 2021 é de acomodação do mercado.

“Isso deve ocorrer no primeiro trimestre e esperamos que seja momentâneo. Quem sabe com um novo benefício financeiro para a população e mais informações positivas sobre o fim da pandemia o setor volte a aquecer”, avalia.

Latinhas
Nos últimos anos, o segmento de latas de alumínio para bebidas, principalmente cervejas, já vinha crescendo em ritmo acelerado no Brasil, com planejamento para aumento de portfólio, diversidade de produtos, maior eficiência da embalagem e responsabilidade ambiental. E esse movimento foi benéfico no ano passado, com a retomada do consumo mencionada pela diretora-executiva da Abre.

“Em 2021, continuaremos apostando no Brasil e incorporando tecnologia no processo de produção. No entanto, sairemos de uma crise sem precedentes. A palavra-chave é reestruturação”, ressalta Cátilo Cândido, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

Segundo o dirigente, apesar disso, o mercado segue em expansão. Prova disso é que a Crown Embalagens anunciou recentemente construção da sexta unidade fabril em Uberaba (MG), que estará em pleno funcionamento em 2022. A nova planta terá duas linhas de produção com capacidade para 2,4 bilhões de latas por ano e de vários tamanhos.

Já a Ball Corporation está aplicando US$ 90 milhões na construção de uma nova fábrica na cidade de Frutal, também no Estado de Minas Gerais. A unidade contará com duas linhas de produção e será inaugurada no segundo semestre de 2021. A estimativa é de 1,5 bilhão de unidades fabricadas por ano.

Descartáveis
O varejo de embalagens de alumínio descartáveis ainda enfrenta dificuldades em decorrência da recessão, mas também cresceu ao longo de 2020, pelos mesmos fatores que estimularam o consumo de latas.

“A demanda foi puxada pelos serviços de delivery. Com a população em casa, o setor teve crescimento interessante e gerou uma demanda enorme por bandejas retangulares e pratos redondos. Além disso, a cultura de cozinhar aumentou, com a busca por produtos em todas as linhas”, lembra Cadu Migliorini, responsável pelo Marketing do Grupo Wyda, que atua no setor de embalagens descartáveis de alumínio.

Atualmente, as vendas por delivery estão estabilizadas. A empresa está otimista, mas espera crescimento conservador para 2021. Apesar disso, planeja lançamentos e uma das novidades será o selamento na linha de bandejas smoothwall, conceito importado dos Estados Unidos e Europa.

“Versátil, a bandeja de alumínio super-rígida aguenta maiores tempos de cocção no forno convencional e micro-ondas, e com fecho de filme impermeável”, explica Migliorini.

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