A Secretaria de Economia do Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou, em abril, que as chapas laminadas de alumínio serão um dos produtos a integrar a fase de testes do programa Selo Verde Brasil.
O material foi selecionado devido à utilização de sucata em seu processo de fabricação, o que confere maior eficiência ambiental ao produto e contribui para o fortalecimento da cadeia de reciclagem.
Além das chapas de alumínio, oito produtos farão parte do projeto-piloto, que visa a estabelecer critérios para certificar itens com práticas sustentáveis.
Segundo Janaina Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o alumínio brasileiro já é reconhecido internacionalmente por seus elevados padrões ESG (Ambiental, Social e Governança, em português).
“O Selo Verde vem para reforçar nosso compromisso e protagonismo na descarbonização de setores estratégicos da economia”, afirma Janaina.
Programa Selo Verde
Lançado em junho de 2024, o projeto está em fase de desenvolvimento e tem como objetivo fomentar a produção e o consumo de bens com menor impacto ambiental no Brasil. O programa estabelece diretrizes para a certificação de produtos e serviços com comprovada sustentabilidade. De adesão voluntária, a ação do governo federal está alinhada aos princípios da bioeconomia e às metas de descarbonização previstas na Nova Indústria Brasil (NIB), plano lançado em 2024, que visa a impulsionar a indústria nacional e à neoindustrialização do País.
A responsabilidade pela elaboração das normas de certificação será da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A expectativa é que o processo seja finalizado em um prazo de 240 dias, ou 8 meses. Com isso, os produtos que integram a fase de testes, como as chapas de alumínio, deverão estar aptos a receber o Selo Verde Brasil até novembro de 2025.
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