A Hydro e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão juntas para desenvolver uma técnica inovadora no reflorestamento das áreas da Hydro Paragominas, localizada no interior do Pará.
A técnica, chamada de fixação biológica de nitrogênio (FBN), utiliza bactérias para melhorar a fixação biológica de nitrogênio, o que beneficia o crescimento das plantas e contribui para a sustentabilidade dos sistemas florestais durante o processo de reabilitação.
A FBN envolve o uso de micro-organismos que transformam o nitrogênio atmosférico em uma forma que as plantas podem absorver. Essa abordagem reduz ou substitui a necessidade de adubação mineral, o que é benéfico para o meio ambiente. Além disso, acelera o crescimento das mudas, tornando-as mais saudáveis e reduzindo a taxa de mortalidade das plantas. A tecnologia também é valiosa para a recuperação de áreas degradadas.
A parceria entre a Hydro e a Embrapa envolve a seleção das espécies de plantas mais adequadas para essa técnica, a produção de inoculantes específicos para cada espécie e o cultivo das mudas após a inoculação das bactérias nas sementes. O projeto visa a abranger catorze espécies florestais nativas da Amazônia e produzir mais de 50 mil mudas por ano usando essa biotecnologia.
“Somos uma das primeiras mineradoras a utilizar inoculantes e a primeira a produzir mudas com inoculantes específicos para espécies florestais do bioma amazônico, em parceria com a Embrapa, que tem trabalhos em sua maioria para espécies agrícolas e de outros biomas brasileiros”, afirma Jonilton Paschoal, gerente de Meio Ambiente da Hydro em Paragominas.
A iniciativa é importante não apenas para a sustentabilidade das operações da Hydro Paragominas, mas também para a recuperação da vegetação na região da mina de bauxita da empresa. A pesquisa deve continuar até 2026, e a empresa já obteve sucesso ao reflorestar mais de 2.900 ha na Amazônia, com um aumento significativo nas atividades de reabilitação em 2022.
Foto: Divulgação Hydro