Uma liga formada a partir da mistura de titânio, alumínio e vanádio tem sido incorporada pela tecnologia assistiva. O termo refere-se aos recursos e equipamentos produzidos para facilitar a acessibilidade e melhorar a qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência.
Segundo Pedro Noritomi, pesquisador do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), localizado em Campinas (SP), o material foi desenvolvido na década de 1960 e é comumente empregado na indústria aeroespacial, sobretudo para a base de aeronaves de combate e foguetes — por conta da resistência. No entanto, alguns estudos ajudaram a redefinir o seu uso para as questões de saúde.
O profissional relatou um caso interessante de um paciente que perdeu a perna abaixo da linha do joelho. Com o uso da tecnologia aeroespacial, foi possível digitalizar o coto desta pessoa no computador e criar uma prótese — soquete personalizado — confortável e precisa, materializada com impressão 3D.
Essa e outras demandas têm chegado ao CTI pelos fisioterapeutas ou profissionais de saúde. A partir daí, o centro desenvolve pesquisas sobre como colaborar com o que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os estudos nesta área têm avançado de acordo com a Finep, empresa pública ligada ao Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovações, que financia a pesquisa e inovação no país. Em 2020, foram aprovados 35 projetos relacionados à tecnologia assistiva, com investimento de R$ 55 milhões.
Com informações da TV Brasil
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