O consumo de alumínio no setor elétrico brasileiro registrou um aumento significativo de 11,5% no primeiro semestre de 2023, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
Esse avanço foi estimulado pela crescente capacidade de geração de energias eólica e solar no País, resultando na demanda por cabos de alumínio para novas linhas de transmissão.
“Foi o segmento com a maior alta no consumo de alumínio no semestre. E, por conta dos novos leilões que estão previstos ainda para este ano, temos a expectativa de expansão do alumínio nesse ramo”, afirma Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
O setor da Construção Civil também experimentou aumento no consumo de alumínio, com elevação de 7% no mesmo período, influenciado pelo desempenho positivo do mercado imobiliário nos últimos dois anos.
Já o segmento de Transportes acompanhou essa tendência com alta de 2,9%, refletindo o comportamento da indústria automobilística, que viu um aumento de 3,7% na produção de automóveis e o impressionante crescimento de 27% na produção de carrocerias de ônibus. Por fim, o setor de Máquinas e Equipamentos teve um aumento mais modesto, de 1%, no consumo de alumínio no primeiro semestre.
Alguns setores, no entanto, apresentaram desempenho negativo, como o de Embalagens, que registrou uma redução de 13,8% no consumo de alumínio, principalmente devido ao desempenho das latas de alumínio para bebidas, e Bens de Consumo, que teve uma baixa de 4,8% em consequência da diminuição da oferta de crédito e do poder de compra no período.
Quanto ao consumo doméstico de produtos de alumínio, o primeiro semestre de 2023 alcançou 723.800 t, o que representa uma queda de 3,6% em comparação com o mesmo período de 2022 (751.100 t). Do total, 88% (639.400 t) foram produzidos no Brasil, indicando redução de 4,5% em relação ao ano anterior, enquanto as importações cresceram 3,3% em relação a 2022, totalizando 84.400 t.
No que diz respeito à balança comercial da indústria brasileira do alumínio, o primeiro semestre registrou um superávit de US$ 1,3 bilhão, com exportações totalizando US$ 2,3 bilhões e importações de US$ 1,02 bilhão. As exportações de alumínio e seus produtos cresceram 8,9% e tiveram como principais destinos o Japão, a Holanda e os Estados Unidos, representantes de 68% do volume total. Por outro lado, as importações de alumínio e produtos relacionados caíram 12,9%, com a China liderando como país de origem, seguida pelo México e pela Argentina.
Crédito da imagem de abertura: megafilm/br.freepik.com