A produção industrial brasileira fechou o ano de 2023 com um crescimento significativo de 1,1% em dezembro, em comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado marca o 5º mês consecutivo de expansão na produção industrial, acumulando um aumento de 2,5% nesse período.
As influências positivas foram lideradas por indústrias extrativas (7,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,1%) e produtos alimentícios (3,7%).
Dentre as atividades que impulsionaram o setor, destacam-se os segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), produtos de metal (3,1%), outros equipamentos de transporte (5,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,2%) e produtos diversos (6,1%).
A indústria relacionada ao metal e à metalurgia desempenhou um papel crucial nesse cenário, contribuindo para a trajetória ascendente observada desde fevereiro de 2023. Apesar disso, a metalurgia enfrentou uma queda de 2,9% em dezembro, enquanto a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, também registrou declínio de 3,3%.
O setor produtor de bens de consumo duráveis apresentou a maior alta, com crescimento de 6,3% em dezembro de 2023, interrompendo três meses consecutivos de queda na produção. Enquanto bens intermediários (1,3%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,1%) também registraram taxas positivas, o setor de bens de capital apresentou o único resultado negativo, com uma queda de 1,2%.
No acumulado do ano, a indústria teve uma variação positiva de 0,2%, evidenciando a resiliência e recuperação gradual do setor.
Apesar da produção industrial como um todo ter ultrapassado o nível pré-pandemia, mantendo-se 0,7% acima do valor registrado em fevereiro de 2020, ainda está 16,3% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011. Isso ressalta a necessidade de um crescimento adicional para atingir o nível histórico de 2011.
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