O mapeamento de biodiversidade por meio do DNA ambiental, conhecido como e-DNA, está sendo utilizado em pesquisa conduzida pelo Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC, na sigla em inglês) na Mineração Paragominas (PA) da Hydro.
Na prática, um grupo de trabalho com mais de 30 alunos, liderado pelo professor Jonathan Ready, capta amostras de solo, água e sedimentos especificamente na região da mina de bauxita da Hydro, que já existe há 15 anos.
A companhia conduz a reabilitação de áreas mineradas utilizando os métodos de plantio tradicional, regeneração natural e nucleação. Desde 2009, mais de 2.600 ha já foram reflorestados pela Hydro.
As espécies usadas são referenciadas no inventário feito pela empresa, antes da extração do minério, com cerca de 50 espécies adaptáveis à realidade da região, tais como o ipê-amarelo, maçaranduba, jatobá, copaíba, ingá-de-macaco, sucuuba, paricá e fava bolota.
Projeto integrado
Os pesquisadores do BRC também coletam amostras de plantas e insetos para avaliar o desenvolvimento dessas espécies de acordo com a sazonalidade da fauna e da flora local.
“Temos parcelas recuperadas com idades distintas e a empresa possui registro de cada área, o que permitirá o monitoramento de alguns anos de recuperação e observar nossas amostras para ver quais apresentam diferenças significativas. No contexto nacional, acredito que nunca vi um projeto tão integrado em termos de respostas que podemos ter de recuperação de áreas que passaram por supressão vegetal”, explica Jonathan Ready.
O BRC é formado pela Universidade de Oslo, da Noruega, e seus parceiros brasileiros, Museu Paraense Emílio Goeldi e universidades federais do Pará (UFPA) e Rural da Amazônia (UFRA), além da Hydro, onde mantém um programa de pesquisa conectado às operações de mineração. Estabelecido em 2013, ele foi renovado por mais cinco anos em 2017.
Foto: Divulgação Hydro