DEARBORN, MI. Sept. 27, 2018 –  Ford Motor Company marks the centennial of the Rouge complex, which is the only one in American history to manufacture vehicles – including boats, tractors and cars – non-stop for 100 years. After making more than 28 vehicle models, including the innovative aluminum-bodied F-150, the Rouge’s Dearborn Truck Plan will soon make electrified F-150 models. The Rouge helped build America’s middle class with the $5-a-day wage, provided jobs for disabled workers and profit sharing. Today, Ford and UAW are investing $35 million to expand a nearby facility to further train its workforce; Ford has opened a new $45 million Advanced Manufacturing Center to accelerate manufacturing innovation. The Rouge sets a global standard for sustainable production. It generates zero-waste-to-landfill; the plant’s internal aluminum recycling system processes 12 million pounds monthly; and Rouge features one of the world’s largest living roofs, an on-site orchard, and 80,000 honeybees. Photo by: Sam VarnHagen

Pesquisa estima aumento de 24% no uso de alumínio em veículos leves na América do Norte até 2030

Estudo da Ducker Frontier aponta que carros cheguem a mais de 258 kg de alumínio. Chapas devem ter o maior crescimento

A mais recente pesquisa da Ducker Frontier, North American Light Vehicle Aluminium Content and Outlook, publicada em agosto, confirma a tendência de crescimento contínuo da participação do alumínio no conteúdo dos veículos leves na indústria automobilística norte-americana.

Segundo o estudo, a presença do metal no conteúdo médio por veículo produzido deve subir para 233 kg até 2026 — projeção de crescimento de 12% em relação à 2020. Para 2030, a expectativa é chegar a 258,4 kg por veículo — aumento de 24% na próxima década.

O alumínio registra crescimento ininterrupto nos automóveis norte-americanos desde 1975 (ano em que o conteúdo médio era de apenas 38,1 kg), com uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 3,5%.

Os principais fatores que impulsionam o aumento da penetração do alumínio no mercado são as tendências dos veículos multimateriais e o processo de eletrificação da frota mundial, tanto pela adoção de powertrains eletrificados, como pelo desenvolvimento de plataformas específicas para veículos elétricos de bateria (BEVs).

“À medida que aumenta a pressão do consumidor e dos desafios ambientais, também aumenta o uso do alumínio automotivo. Suas características de peso reduzido e alta resistência estão ajudando os fabricantes a se adaptar às novas tendências e estamos otimistas quanto ao potencial de crescimento do metal no segmento emergente de veículos elétricos”, relata Ganesh Panneer, presidente do Grupo de Transporte de Alumínio (ATG) e vice-presidente e gerente-geral para o Setor Automotivo da Novelis North America.

Panneer ainda destaca o potencial de crescimento do metal no segmento dos veículos elétricos. O maior uso de alumínio contribui para estender sua autonomia e ajuda a compensar o peso e o custo da bateria.

“A indústria do alumínio está desenvolvendo soluções para atender as necessidades mais urgentes dos fabricantes de automóveis, os quais precisam compensar o peso adicional de novos recursos, necessidades de segurança e mudança para a eletrificação. O metal registrará um crescimento expressivo, ano a ano, até 2030”, declara Abey Abraham, diretor-administrativo da DuckerFrontier

A indústria norte-americana registrou aumento recorde na média do peso total por veículo, de 14,5 kg, entre 2016 e 2020. Isso ocorreu em função da tendência de crescimento na participação das picapes em detrimento dos automóveis de passeio. Nesse período e contexto, o conteúdo de alumínio cresceu quase o dobro, 28,1 kg por veículo.

Recortes da pesquisa
O estudo da Ducker Frontier aponta ainda que o total de alumínio em 2020 deve atingir 208,2 kg por veículo, muito em função do crescimento acelerado da participação das chapas do metal adotadas como solução chave pela indústria para substituir aços mais pesados.

Se em 2016 a média era de 34,9 kg por veículo, ela subiu para 48,5 em 2020, com a expectativa de que atinja a marca de 60,3 kg em 2026 e suba para 77,1 kg em 2030 — será o produto de alumínio com o maior crescimento. Destaque para a penetração dos capôs feitos com o metal, que passou de 50% em 2016 para mais de 60% em 2020.

Já os produtos fundidos, apesar de manterem a maior participação na média por veículo, apresentam crescimento modesto — de 130,16 kg em 2016 para 145,12 kg em 2030. Isso se deve à queda de 4,08 kg dos fundidos nos motores a combustão, devido à tendência de downsizing dos motores, tanto em número de cilindros como em deslocamento.

Produtos extrudados e forjados também registraram aumento a partir de 2016, de 1,8 kg e 0,9 kg por veículo até 2020. Respectivamente, devem chegar à marca de 31,29 kg e 5 kg em 2030. De 2016 a 2020, houve um aumento de 10% nos veículos que utilizam produtos extrudados nos sistemas de crash-boxes e 7% que usam braços de suspensão forjados.

Entre as aplicações, painéis de fechamento e partes estruturais da carroceria estampadas aparecem em destaque — subindo, respectivamente, de 18,59 kg e 4,99 kg em 2016 para 26,76 kg e 9,07 kg em 2020. Até 2030, a expectativa é de crescimento para 33,11 kg e 14,97 kg.

 

Já entre os componentes não estruturais, a penetração do alumínio ganha destaque entre os de suspensão, com 9,52 kg em 2016 e 11,34 kg em 2020, devendo atingir o patamar de 16,78 kg em 2030.

 

Como se vê na tabela acima, há uma tendência de estabilização do conteúdo de alumínio nas peças estruturais, mas com aumento significativo nos componentes não estruturais — cujo peso médio por veículo deve mais que dobrar em uma década.

Análise de segmentos
O estudo da Ducker também mostra um levantamento da participação do alumínio nas diferentes categorias de veículos e picapes.

Como esperado, o conteúdo de alumínio é mais expressivo nas picapes e nos segmentos com veículos de maiores dimensões. A expectativa é de que, em 2026, as caminhonetes tenham, em média, mais de 76 kg do que os carros. No entanto, o estudo destaca que alguns automóveis do segmento E, como o Tesla Model S e o Acura NSX, terão conteúdo de alumínio superior à média das picapes do mesmo segmento, com 360 kg do metal.

Painéis de fechamento
A pesquisa da Ducker também aprofundou o seu olhar sobre as chapas automotivas, utilizadas tanto para a produção de peças estruturais como para painéis de fechamento — na forma de portas, para-lamas, capôs, tetos, tampas de caçambas e de porta-malas.

Dessas aplicações, segundo a Ducker Frontier, todas devem ter aumento na penetração de alumínio, com exceção dos tetos, cujo conteúdo do metal deve permanecer estável, com 7% de penetração.

As portas representam a aplicação com maior crescimento de conteúdo de alumínio por veículo, com a participação chegando a 30% em 2026. A Ducker destaca a BMW, com aplicação de alumínio ao menos nas portas dianteiras na maior parte de seus modelos — enquanto os X5 e X7, maiores SUVs do portfólio, trazem portas dianteiras e traseiras de alumínio.

Mas é no capô o painel de fechamento com maior taxa de penetração, chegando a 63% em 2020 e com a perspectiva de atingir 81% em 2026.

O estudo ainda destaca alguns lançamentos recentes, como o novo Toyota RAV4, que adota capô, para-choque e porta traseira de alumínio, e a nova Nissan Rogue, que também migrou para o metal, seguindo a tendência do uso de painéis de fechamento em modelos de maior volume. Por fim, a Ford F-150 se mantém como o modelo com a maior demanda geral de painéis de fechamento de alumínio.

Eletrificação
A pesquisa North American Light Vehicle Aluminium Content and Outlook também avalia o conteúdo de alumínio dos veículos elétricos puros (BEVs).

Embora mantenha a primazia em relação aos veículos de combustão interna (ICEs), o conteúdo dos BEVs diminuirá de 291,61 kg em 2020 para 285,26 kg em 2026. Essa queda, no entanto, se dará em função do aumento de participação dos elétricos puros nos segmentos inferiores.

 

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