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Painéis do Congresso Internacional do Alumínio apontam caminhos para a inovação e eficiência energética

Palestrantes destacam a importância da colaboração entre indústria, governo e entidades de pesquisa para impulsionar a inovação no setor e promover a eficiência energética no Brasil

No primeiro dia do 9º Congresso Internacional do Alumínio, promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), no Hotel Unique, em São Paulo, os painéis da tarde se concentraram no tema “Juntos, somos inovação”, discutindo tecnologia e indústria 4.0.

No painel “O alumínio revolucionando a mobilidade verde”, moderado por Camilo Adas, conselheiro em Tecnologia e Transição Energética da SAE Brasil, com a participação de Marco Tulio Ribeiro Ricci, diretor Global de Inovação e Estratégia da Maxion Structural Components; e Erwin Franieck, secretário executivo da portaria MIBI e diretor presidente da SAE4Mobility, o debate trouxe casos de sucesso no setor automobilístico, bem como a discussão de estratégias empresariais e políticas públicas para promover o uso do alumínio na busca por eficiência energética e descarbonização no setor de transportes.

Já no painel “Transformação digital: um caminho sem volta. A sua empresa está preparada?”, foi a vez de Maria Eugênia Meirelles, gerente de Inovação e Transformação Digital da CBA, moderar um debate com a presença de Carol Carneiro, customer Engineer AI/ML do Google, e Besaliel Soares Botelho, membro do Conselho Consultivo da Bosch.

O debate destacou as principais tendências tecnológicas estratégicas para 2024 e levou o público a refletir sobre quem as empresas querem atingir ao desenvolverem tecnologia, demonstrando que esta deve estar alinhada à estratégia do negócio.

“A tecnologia, especialmente a Inteligência Artificial Generativa, é uma ferramenta para atender às necessidades de negócio, que geralmente estão relacionadas ao atendimento ao cliente. Por esse motivo, melhorar os processos de otimização e os agentes virtuais para evitar um atendimento cansativo e repetitivo será um desafio e uma tendência para os próximos meses”, explicou Carol Carneiro, do Google.


Inovação

Raphael Costa, diretor de Tecnologia da Norsk Hydro, teve a oportunidade de moderar o painel “Inovação: o motor para o desenvolvimento da indústria”, com a presença de Roberto Henrique Uchida de Oliveira, assessor de Projetos Estratégicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), e Rodrigo Pastl Pontes, Gerente de Monitoramento e Controle de Projetos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Além de exporem seus exemplos de sucesso, os especialistas enfatizaram durante o debate que a inovação no mercado de alumínio só será alcançada com a colaboração conjunta da indústria, do governo e de entidades de pesquisa que promovem o estímulo ao ecossistema de inovação.

“Todos os atores envolvidos têm um papel a desempenhar, que é o de colaborarem, juntos, governo e iniciativa privada. Só conseguiremos avançar rapidamente em termos de inovação e competitividade global quando todos estiverem cientes da necessidade de cooperação e investimento mútuo”, conclamou Uchida Oliveira, do IPT.   

Eficiência energética

No painel “Desafios e oportunidades para alavancar a eficiência energética no setor do alumínio”, Alberto Fossa, diretor Executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), moderou o debate ao lado de Gustavo Naciff de Andrade, superintendente Adjunto de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e de Pedro Paulo Dias Mesquita, gerente de Inteligência de Mercado de Mineração e Transformação Mineral do BNDES.

Os palestrantes destacaram que, apesar dos avanços nos últimos dez anos, ainda há muito a ser feito. E, embora o País tenha grandes resultados e potencial por utilizar fontes renováveis de energia, ainda há espaço para desenvolver e investir em novas tecnologias para contribuir com os processos de descarbonização.

Sobre investimentos, Pedro Mesquita, do BNDES, trouxe boas notícias ao mostrar os números de investimento do banco de desenvolvimento nos últimos anos e, principalmente, ao apresentar novas soluções de financiamento que irão beneficiar a indústria, como o FINEN Projetos, Finame Direto, BNDES Mais Inovação, Novo Fundo Clima, entre outros.

“O Brasil tem potencial para liderar a agenda de materiais sustentáveis, e o setor do alumínio deve acompanhar de perto a nova política industrial, mantendo contato com o BNDES, Finep e Embrapii, que serão importantes parceiros para o desenvolvimento da indústria.”

Confira a cobertura completa do 9º Congresso Internacional do Alumínio em nosso portal e redes sociais.

Foto: Gleysson Soares 

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