A Hydro Paragominas, localizada no Pará, é a primeira mineradora de bauxita do Brasil a adotar tecnologia de drones a fim de ampliar a escala de sua reabilitação ambiental na Amazônia brasileira.
Com o propósito de concretizar esse projeto, a empresa estabeleceu uma parceria com a startup franco-brasileira Morfo, cujo método a ser testado possui potencial para se tornar uma das principais alternativas da companhia, que já emprega técnicas como nucleação, plantio convencional e regeneração natural.
A iniciativa, de investimento inicial previsto de US$ 542.971,80, passará por testes em diferentes cenários, abrangendo um total de 50 ha. Destes, 25 foram preparados com solo proveniente de pastagens locais e estão prontos para receber o enriquecimento vegetal utilizando a tecnologia da Morfo. Os outros 25 ha correspondem a áreas recentemente mineradas.
“Essa iniciativa vai contribuir e reforçar as metas de reabilitação da Hydro Paragominas. Estamos constantemente buscando soluções inovadoras no mercado para as iniciativas da mina, trabalhando a sustentabilidade das nossas operações por meio da tecnologia”, comenta Jonilton Paschoal, gerente de Meio Ambiente da Hydro Paragominas.
Até o momento, mais de 3 mil ha já foram reflorestados na região da Hydro Paragominas desde 2009. Somente em 2023, a empresa reabilitou cerca de 328 ha, sendo que, aproximadamente, 70% do reflorestamento foi realizado por meio de nucleação, 25% com plantio tradicional e 5% por regeneração natural. Também foi aplicada a técnica de hidrossemeadura em cerca de 5 há .
A nova metodologia
O novo método envolve o mapeamento detalhado do solo e seus recursos utilizando imagens de satélite e drone, seguido pela análise em laboratório a fim de determinar suas características. Com base nesse diagnóstico, são identificadas as espécies nativas mais adequadas para cada tipo de solo, sendo as sementes preparadas em cápsulas nutritivas para distribuição. A dispersão das sementes é feita por drones, proporcionando uma logística eficiente mesmo em áreas remotas, sem necessidade de intervenções ambientais adicionais.
Foto: Divulgação Hydro
