A indústria do alumínio foi um dos setores analisados pelo artigo Completando a Figura: como a economia circular ajuda a enfrentar as mudanças climáticas, publicado pela fundação britânica Ellen MacArthur, em 2019.
Segundo o documento, a energia renovável e as medidas de eficiência energética têm sido o foco para eliminar 55% das emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE), mas os 45% restantes são mais difíceis de reduzir — a fim de atingir as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Isso porque o percentual está relacionado ao gerenciamento de terras, produção de edifícios, veículos, eletrônicos, e outros bens de consumo, cuja fabricação de materiais envolve processos de alta temperatura, com emissões na produção e no fim de vida. E é neste contexto que a economia circular pode contribuir de maneira significativa.
Thais Vojvodic, gerente da fundação Ellen MacArthur, explica que, na indústria, a redução das emissões dos setores de alumínio, aço, cimento e plástico pode chegar a 40% – ou 3,7 bilhões de t – em 2050, por meio de estratégias como eliminação de resíduos, reuso de produtos e recirculação de materiais, principalmente na construção e mobilidade.
“Para o alumínio, dado que metade do volume produzido anualmente não chega ao produto final e, em vez disso, se torna resíduo, uma redução desse vazamento seria crucial, além da mistura de diferentes ligas. Do total produzido, isso exigiria um aumento na produção secundária de alumínio em 48%”, acrescenta a executiva.