Annemarie Richter, mestre em Mediação e Resolução de Conflitos, tem mais de 15 anos de experiência no relacionamento entre empresas do setor de mineração e comunidades. Para ajudar profissionais e pessoas nas questões do dia a dia, a consultora acaba de lançar, pela Editora Gulliver, o Guia para Transformação de Conflitos e Olhares Socioambientais.
Para a especialista, conflitos são construções culturais e históricas que possuem um lado objetivo (o que está em disputa, as necessidades aparentes ou aquilo que é entendido como necessidade) e outro subjetivo — sentimentos, valores, interesses, preocupações, desejos, expectativas, frustrações e muito mais. Como nesse contexto o problema pode ser construtivo ou destrutivo, para resolvê-lo é preciso compreensão.
“O conflito possui uma força intrínseca que, se canalizada, pode ser muito produtiva. Só temos preconceito porque não paramos para analisar o que ele tem a nos ensinar sobre o outro e, principalmente, sobre nós mesmos. É aí que podemos crescer, aprender e nos desenvolver”, comenta Annemarie.
Na visão da especialista, para participar de um diálogo bem-sucedido, é preciso preparação, além de dedicação para entender as pessoas interessadas e identificar os acertos e erros corporativos e as possibilidades e obstáculos, incluindo os pontos de convergência e divergência.
Segundo ela, é necessário, também, despender tempo na elaboração da conversa para evitar desperdício de energia com a judicialização de processos.