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Congresso do Alumínio: diálogo com a sociedade é fundamental na construção de uma indústria transformadora

Membros de diferentes elos da cadeia refletem sobre como a atividade do setor pode proporcionar impactos positivos para todos

O Brasil vive um novo ciclo de crescimento e o desafio, agora, é transformar essa realidade em oportunidade. Este foi o recado do economista Ricardo Amorim, bastante conhecido por sua atuação na mídia e por ser um dos LinkedIn Top Voices do País, na palestra que encerrou o 9º Congresso Internacional do Alumínio, realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) no Hotel Unique, em São Paulo, de 9 a 10 de abril.

A visão otimista, que se estende ao nosso setor, vai ao encontro do que importantes players do mercado disseram nos diversos painéis realizados no congresso. Como fatores que impulsionam a economia brasileira, Amorim listou a diminuição dos juros e expansão do crédito, a redução significativa da taxa de desemprego, a redução da inflação, o aumento da massa salarial e uma “mudança de gravidade da economia mundial”, com crescimentos muito mais expressivos em países emergentes (China e Índia são grandes exemplos) em detrimento da Europa e Estados Unidos.

Amorim ainda lembrou que a economia brasileira cresce acima das projeções do Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, há três anos, invertendo uma trajetória de anos de desempenhos abaixo do esperado. A indústria também começa a dar sinais de melhora e Amorim ponderou que a esperança da regulamentação da reforma tributária, que desonera o setor produtivo, pode ser uma das razões.

O especialista lembrou que a economia vive de ciclos e que os indícios são de que estamos iniciando um novo momento positivo que, em suas palavras, não pode se transformar em mais um “voo de galinha” – quando um período de crescimento é suplantado por uma sequência de resultados decepcionantes na economia que invalidam a elevação anterior.

Amorim se revelou surpreso com esse momento, já que as projeções, há pouco tempo, eram pessimistas, e lembrou de uma conhecida declaração do investidor norte-americano John Templeton: “mercados em alta nascem no pessimismo, crescem no ceticismo, amadurecem no otimismo e morrem na euforia.”

Pontos de atenção
Por falar em morrer na euforia, o economista fez ressalvas: há de se tomar cuidado com o endividamento público e com a ameaça de uma provável bolha imobiliária chinesa.

“A primeira vez que ouvi falar em uma crise imobiliária na China foi em 1997 e até agora ela não aconteceu. Não se sabe quando, mas vai ocorrer, dado o crescimento econômico fora de série do País e sua consequente urbanização”, prevê Amorim.

Em síntese, uma bolha imobiliária acontece quando há aumento excessivo dos preços de imóveis, não condizente com os valores reais dos bens. Assim, a bolha “estoura”, ou seja, os imóveis se desvalorizam bruscamente e isso pode resultar em crise econômica. Para justificar sua projeção sobre a China, que hoje concentra 30% da indústria global e é a maior consumidora de commodities do mundo, o especialista trouxe dados sobre os lançamentos imobiliários no País: enquanto, no pico brasileiro, em 2021, foram lançados 234 mil empreendimentos; e no norte-americano, em 2015, houve 2,1 milhões; na China, em 2023, foram disponibilizados ao mercado 22 milhões de novos imóveis.

Segundo Amorim, essa possível crise, além de frear o consumo no país asiático, deve resultar em sobreoferta de produtos chineses no mercado global, interferindo nos preços e prejudicando economias locais.

“Não deixem esse momento positivo passar. Cobrem as autoridades, principalmente com relação ao equilíbrio das contas públicas, e fiquem atentos ao mercado global. Se a bolha imobiliária chinesa estourar, isso pode impactar o nosso mercado e indústria”, finalizou.

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