1 – Foi identificada pela primeira vez em 1821
A bauxita é uma rocha de coloração avermelhada encontrada sobretudo em regiões tropicais e subtropicais do planeta.
Trata-se do 3º elemento em maior abundância na crosta terrestre, depois do oxigênio e silício.
Seu nome se refere à cidade de Les Baux, na França, onde foi identificada pela primeira vez em 1821, pelo geólogo Pierre Berthier.
2 – As reservas brasileiras estão entre as maiores do mundo
O Brasil possui a 4ª maior reserva global de bauxita. Em 2021, a produção alcançou 35 milhões de t — crescimento de 9,3% em relação ao 2020.
A Mineração Rio do Norte (MRN), localizada em Porto Trombetas, Oriximiná (PA), lidera o mercado com 12 milhões de t por ano e pretende manter o volume com o Projeto Novas Minas (PNM), ainda em fase de licenciamento.
A mina de Paragominas (PA), pertencente à multinacional Norueguesa Hydro, também figura entre as maiores do País com cerca de 10 milhões de t produzidas em 2021.
A Alcoa opera no município de Juruti (PA) com capacidade de 7,5 milhões de t do minério por ano, além da mina localizada em Poços de Caldas (MG).
Já a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) tem capacidade para produzir cerca de 3 milhões de t de bauxita por ano, com unidades em Miraí e Poços de Caldas (MG) e em Barro Alto (GO).
3 – As empresas utilizam métodos sustentáveis de extração do minério
As mineradoras brasileiras adotam as melhores práticas globais do mercado, sempre com foco na sustentabilidade.
A lavra da bauxita segue o método strip mining, no qual grandes tiras de terra são mineradas e recuperadas em sequência, a partir do reflorestamento com espécies nativas.
Uma inovação é o método de disposição do rejeito a seco. A tecnologia utiliza depósitos para a secagem do rejeito e posterior remoção para transporte e disposição nas cavas de onde foi extraída a bauxita.
O rejeito é devolvido para a natureza sem nenhum impacto ao meio ambiente e não oferece potencial de contaminação ao solo e às águas subterrâneas.
O País também possui empresas certificadas pela Aluminium Stewardship Initiative (ASI), entidade internacional que valida as práticas de gestão ambiental, social e de governança corporativa (ESG).
4 – Seu beneficiamento é relativamente simples
Depois de extraída, a bauxita passa por duas etapas: britagem e beneficiamento – lavagem com água sem aditivo químico.
O processo de britagem consiste na redução do tamanho da rocha para melhor manuseio e transporte por meio de correias para a usina de beneficiamento.
Em seguida, o minério britado é lavado com jatos de água sob pressão, para remoção da terra e materiais comuns encontrados na natureza. Após as etapas de centrifugação, a bauxita é encaminhada para o porto por via férrea.
5 – O alumínio é o principal produto derivado do minério
Após o beneficiamento, o minério de bauxita segue para a refinaria, onde passa por dois processos até alcançar a forma do alumínio:
- Processo Bayer: a bauxita é moída e misturada com cal e soda cáustica. Essa mistura é bombeada em recipientes de alta pressão e aquecida. A soda dissolve o óxido de alumínio (alumina), o qual, depois, é precipitado, lavado e aquecido para que seja retirada a água. O que resta de todo esse processo é o pó branco que chamamos de alumina.
- Processo Hall-Héroult: a alumina é dissolvida em um banho eletrolítico a 950 oC. A transformação se dá em cubas com a passagem de corrente elétrica em alta intensidade. O alumínio metálico é retirado fundido dessas cubas e encaminhado para a fundição, onde se torna sólido, assumindo até quatro formas diferentes: lingotes, tarugos, placas e vergalhões.
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