A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou um lucro líquido de R$ 957 milhões em 2022. Trata-se de uma alta de 15% em relação ao de 2021, resultado positivo diante do período desafiador para a indústria de alumínio.
Segundo balanço divulgado pela empresa, a receita líquida consolidada somou R$ 8,8 bilhões, com avanço de 5% na comparação anual. O EBITDA ajustado (sigla em inglês para designar lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,6 bilhão, 6% superior ao de 2021. Já o volume de alumínio vendido ficou estável em relação ao ano anterior (485 mil t).
Um dos fatores que contribuíram para o resultado positivo foi a alta de 11% no preço médio do metal na London Metal Exchange (LME), de US$ 2.707/t em 2022, na comparação com os US$ 2.437/t em 2021.
De acordo com a empresa, a receita do negócio de alumínio seria ainda maior em 2022, se não fosse a redução de R$ 752 milhões na receita de outros segmentos, em função da queda de 82% do volume vendido pelo fim da operação de trading de lingote (estratégia de compra de lingote para revenda).
O destaque ficou para a reciclagem: atingiu receita líquida de R$ 982 milhões em 2022 — alta de 93% em relação ao ano anterior —, resultado da integração da Alux desde fevereiro de 2022, que contribuiu com R$ 364 milhões do total desse volume. As vendas da Alux representaram 4% das vendas de alumínio da CBA.
Apesar das pressões inflacionárias, juros elevados, desaceleração da economia chinesa pelas medidas da Covid-zero, conflitos entre Rússia e Ucrânia, entre outros fatores que resultaram em volatilidade dos fundamentos do mercado e dos preços e prêmios internacionais, a CBA prosseguiu na estratégia de expansão da produção de alumínio de baixo carbono.
Resultados do quarto trimestre
O volume de vendas de alumínio ficou estável em comparação ao último trimestre de 2021, com 122 mil t.
A receita líquida do negócio de alumínio teve queda de 19% nos períodos comparados, principalmente pelo fim da operação de trading de lingote, influenciando na redução de 69% da receita de outros segmentos de alumínio.
A empresa fechou o período com prejuízo de R$ 80 milhões, ante lucro líquido de R$ 615 milhões no quarto trimestre de 2021.
Destaques do ano passado
- A companhia foi reconhecida com pontuação ‘A’ pela liderança em transparência corporativa e desempenho sobre mudanças climáticas, segundo o Carbon Disclosure Project (CDP);
- A CBA adquiriu 20% das ações remanescentes da Alux do Brasil, sendo que a compra de 80% do capital social já havia sido concluída em janeiro de 2022;
- Houve a antecipação do religamento da Sala Forno 3 no terceiro trimestre de 2022, projeto com impacto no aumento de capacidade de produção de alumínio líquido de 26 mil t por ano.
Foto: Divulgação CBA
