A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) teve um lucro líquido de R$ 89 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 79% em comparação aos R$ 426 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo balanço da empresa, a variação se deve principalmente à queda de 16% na receita líquida, totalizando 1,9 bilhão, relacionada ao aumento do custo de produtos vendidos. No entanto, a receita se manteve estável em relação aos últimos três meses de 2022.
O volume de vendas de alumínio também apresentou estabilidade (-3%) em relação ao primeiro trimestre de 2022, com 106 mil t. Apesar das incertezas de curto prazo, a demanda pelo metal se mostrou resiliente, puxada pelos segmentos consumidores do metal: Transportes e Embalagens (exceto latas).
A receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, uma redução de 18% se comparada ao mesmo período do ano anterior. O efeito se deu principalmente pela queda de 73% no preço médio do metal na LME (London Metal Exchange), entre os períodos comparados.
O preço do alumínio manteve a volatilidade dos últimos meses, com média de US$ 2.395/t. Após alta em janeiro, no final do mês de março houve uma leve recuperação na LME com a estabilização do cenário internacional e melhora das perspectivas da economia chinesa.
Outros destaques do balanço:
- A CBA foi impactada por uma deterioração na qualidade do coque e piche utilizados para a produção da pasta anódica usada na fabricação de alumínio líquido. O volume produzido recuou 9% nesse trimestre em comparação aos últimos três meses de 2022. O processo de estabilização está em andamento.
- Em abril, a companhia assinou o contrato de venda da unidade de Niquelândia (GO), incluindo a mina de níquel e a planta de processamento, para se focar no negócio de alumínio.
- A CBA também deu um passo importante na diversificação da matriz de energia renovável. A geração própria no primeiro trimestre de 2023 foi 18% superior ao volume do mesmo período de 2022. O que ajudou no desempenho foi o início da operação dos complexos eólicos Ventos de Santo Anselmo e Ventos de Santo Isidoro, que passam a contribuir com 10% da capacidade total de geração de energia da empresa.
- A companhia obteve avaliação AA no rating ESG da Morgan Stanley Capital International (MSCI) – responsável pelo desenvolvimento de índices de ações, portfólios e fundos de investimentos. Trata-se de uma evolução da classificação A do ano passado.
Foto: Divulgação CBA