A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) informou, em entrevista ao Estado de S. Paulo, que a volatilidade dos mercados, que ganhou força com a guerra entre Rússia e Ucrânia, não muda os planos para 2022.
Segundo Ricardo Carvalho, presidente da empresa, a exportação pode ser um caminho para fugir dessa questão. Além disso, os investimentos assumidos durante a oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês) serão mantidos.
Atualmente cerca de 90% da produção da CBA vai para o mercado interno, mas esse percentual poderá ser reduzido, de acordo com o Carvalho, como ocorreu no início da pandemia da Covid-19.
“Na ocasião, conseguimos imediatamente direcionar a venda que tínhamos planejado de fazer no mercado interno para a exportação. É uma flexibilidade que o nosso negócio nos dá”, comenta o executivo.
Investimentos
A empresa vai direcionar R$ 4 bilhões até 2025, sendo R$ 2 bilhões para projetos de crescimento e reciclagem, competitividade e aqueles voltados às boas práticas ESG (ambiental, social e de governança); e a outra metade para aumentar a produção de bauxita no estado do Pará.
“Tudo está sendo implementado conforme o previsto e dentro do prazo. Para nós, guerra ou eleições no Brasil, que acabam trazendo volatilidade, não mudam os nossos compromissos”, reforçou o dirigente da CBA.
Foco na construção civil
Atualmente, a carteira da CBA conta com fabricantes de embalagens e de caminhões e ônibus, que juntos respondem por 40% das vendas; e com clientes da construção civil, que representam quase 20% dos negócios. A ideia da companhia é reforçar as vendas para a construção, apesar da alta dos juros e da inflação.
Com informações do Estado de S. Paulo
Créditos da imagem: Freepik