No ano passado, do total de 33,4 bilhões de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mercado interno, 98,7% foram recicladas, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) nesta quarta-feira, dia 13 de abril.
Trata-se do maior índice de reciclagem da embalagem já registrado no país desde o início do cálculo, em 1990.
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O resultado consta no primeiro relatório anual de desempenho da Recicla Latas, entidade gestora prevista no Termo de Compromisso para Aperfeiçoamento do Sistema de Logística Reversa das Latas de Alumínio para Bebidas, assinado por ABAL e Abralatas.
“Há mais de dez anos o índice de reciclagem de latas de alumínio se encontra em patamares superiores a 96%. O Brasil é benchmark no setor para o mundo, graças aos esforços e investimentos da indústria do alumínio na modernização do setor e na ampliação dos centros de coleta e reciclagem. A despeito das dificuldades impostas pela pandemia, a cadeia de reciclagem de latas de alumínio continuou operando com a eficiência costumeira, entregando resultados que geram valor ambiental, econômico e social”, destaca Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
Acima da meta
O resultado supera a meta de 95% de reaproveitamento estabelecido entre a indústria e o Ministério do Meio Ambiente em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
O sucesso da reciclagem de latas para bebidas é resultado de um ecossistema de logística reversa sólido e estruturado de ponta a ponta. Hoje, por exemplo, o Brasil possui 36 centros de coleta da sucata distribuídos por 18 estados.
“Além dos impactos positivos no âmbito socioambiental proporcionados em matéria de gestão de recursos e redução de emissões, a manutenção do alto índice de reciclagem deve-se, em grande parte, a uma cadeia estruturada e sólida, a partir da cooperação mútua entre empresas, sociedade e cooperativas de catadores”, diz Alfredo Veiga, coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da ABAL.
Metal verde
O alumínio brasileiro é solução para o futuro sustentável: quase metade do metal consumido no país vem da reciclagem. A média mundial é de 28,5% e a China, principal player do setor, alcança a marca de 19%.
Vale destacar que o alumínio originário da reciclagem consome apenas 5% da energia elétrica necessária para a produção do metal primário. Ou seja, a reciclagem é uma atitude sustentável e que reduz significativamente as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
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