Há mais de 10 anos, a Alcoa opera com uma mina de bauxita em Juruti (PA), tendo lançado o Instituto Juruti Sustentável (Ijus) como iniciativa de responsabilidade social.
Nos últimos três anos, o empreendimento atendeu mais de 35 mil pessoas diretamente no território, além de criar um núcleo com diversas organizações e parceiros estratégicos visando o desenvolvimento das comunidades do entorno.
A instituição, que possui aportes e convênios próprios, tem demonstrado sua importância para a região por meio do apoio a projetos, programas e ações.
Um estudo divulgado recentemente detalha a relação entre a comunidade, incluindo o poder público, empresas, sociedade civil e a Alcoa, além da importância da busca pelo diálogo como base de contorno dos desafios.
Resultados
Elber Diniz, secretário-executivo do Ijus, conta que a principal ferramenta utilizada pela instituição é o programa de financiamento para a seleção de projetos e organizações para execução.
Como resultado, foi gerado apoio a projetos de música e dança em benefício de 300 jovens que encontraram alternativas produtivas à ociosidade e às drogas. Cerca de 150 mulheres se tornaram líderes femininas na luta pela redução da violência e outras 70, vítimas de violência doméstica, foram treinadas em empreendedorismo e geração de renda.
No setor agrícola, 20 ha de sistema agroflorestal foram implementados com o objetivo de recuperar áreas e de gerar renda — 20 jovens agricultores começaram a fornecer produtos para compras governamentais.
Foram construídas duas unidades, uma para processamento de frutas visando a melhorar a qualidade dos produtos do agricultor familiar e outra de produtos de banana para gerar trabalho e renda a 20 mulheres.
Quanto à produção de abelhas, 20 pessoas receberam apoio e treinamento para conservação da biodiversidade e geração de trabalho e renda, entre outras ações.
Desde 2020, o Ijus tornou-se membro da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) que identifica e desenvolve soluções para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais da região, além de garantir a qualidade de vida das comunidades.
“O desenvolvimento sustentável requer um trabalho conjunto, responsável e transparente. Além disso, parcerias são fundamentais para desenvolver ações na Amazônia, pois podemos fortalecer as que já tínhamos e ampliar para organizações de referencial global”, detalha Diniz.
Em 2017, o Ministério da Justiça qualificou o Ijus como Organização Social de Interesse Público (OSCIP) e, em 2020, o Pará também a qualificou como interesse do estado.
Próximos passos
O Instituto integra uma nova carteira no fundo, que é o Banco Juruti Sustentável (Banjus).
“Sem dúvida, vai inaugurar uma fase do desenvolvimento sustentável nunca experimentada no interior da Amazônia, beneficiando mais de duas mil pessoas”, projeta Diniz.
O Ijus também planeja estabelecer agenda para 2030 e o observatório de indicadores, além de promover práticas adequadas de manejo e produção sustentáveis.
Foto: Divulgação Alcoa