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ABAL lança oficialmente o Projeto ELO e impulsiona a pesquisa e a inovação no setor do alumínio

Associação reestrutura iniciativa que amplia conexão entre a indústria do alumínio e universidades para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias

Após um período de aprimoramento e reestruturação, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) anuncia o lançamento oficial do Projeto ELO Academia & Indústria. Iniciado como projeto-piloto em 2019, seu objetivo principal é promover a integração entre universidades e empresas do setor do alumínio, fomentando a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento de conhecimento científico na área.

Segundo Denise Veiga, da área técnica da ABAL, a iniciativa beneficia alunos e docentes de instituições de ensino brasileiras, de todos os ramos do conhecimento e níveis de formação, que desejam alinhar suas pesquisas às demandas da indústria do alumínio.

Divulgação: ABAL

“O projeto também é voltado para colaboradores de empresas associadas à ABAL, de qualquer etapa da cadeia produtiva do alumínio, que reconheçam a importância da aproximação entre indústria e academia para o desenvolvimento e a competitividade do País”, informa.

Como funciona?

A dinâmica do projeto tem início na identificação de desafios e demandas das empresas do setor de alumínio, que podem incluir desde questões cotidianas até temas mais complexos, com potencial para serem explorados em trabalhos acadêmicos, como os de conclusão de curso e de iniciação científica.

Em seguida, a ABAL busca universidades com expertise na área, priorizando instituições próximas à empresa solicitante, para facilitar a interação e o acompanhamento do projeto. A partir daí, o “elo” entre empresa, universidade e aluno é estabelecido, dando início à pesquisa.

Agora, com a reestruturação do plano-piloto, e para facilitar ainda mais esse processo, o Projeto ELO conta também com uma plataforma online que funciona como o coração da iniciativa. Nela são disponibilizados temas de interesse do setor, organizados por linhas de pesquisa. Alunos e professores interessados pelos temas sugeridos também podem entrar em contato com a ABAL para conexão com a empresa parceira que tiver mais sinergia com o assunto.

De acordo com Denise, ao demonstrar interesse em participar do programa, representantes das empresas e das instituições de ensino poderão se conectar com a ABAL, que atuará como intermediária, facilitando o contato entre os interessados. As instituições de ensino têm a liberdade de propor novos temas de pesquisa além dos listados no guia, os quais serão avaliados pela ABAL para garantir pertinência e alinhamento com as necessidades da indústria nacional. Essa curadoria tem o intuito de assegurar que os projetos desenvolvidos contribuam efetivamente para o avanço do setor de alumínio no País.

“Nessa etapa, o projeto acadêmico será enquadrado em níveis que preveem maior ou menor interação dos representantes da academia e das empresas, podendo ou não haver coorientação empresarial ao trabalho, com ou sem envolvimento da ABAL. Essa diversificação dos níveis de interação é uma mudança efetivada pela reestruturação a fim de dar mais flexibilidade ao modelo. Dessa forma, projetos que demandem exclusivamente informações técnicas também podem participar do ELO, assim como assuntos com algum nível de confidencialidade que impossibilitem a presença da ABAL nas discussões”, argumenta.

Vale ressaltar que a iniciativa oferece várias formas de interação entre empresas e academia, indo desde o simples acesso a informações até a coorientação de trabalhos, incluindo trabalhos com diversos graus de confidencialidade.

Expansão e benefícios

A ação também foi expandida para incluir alunos e professores de todas as áreas do conhecimento e níveis de formação. O novo formato facilita a criação de projetos, a divulgação de temas e a interação entre os participantes, tornando a iniciativa mais abrangente e flexível.

Essa interação gera benefícios mútuos: as empresas encontram soluções inovadoras para problemas reais e contribuem para a formação de novos profissionais, enquanto os alunos têm a oportunidade de aplicar o conhecimento em situações concretas da indústria.

Participar do ELO traz ainda diversas vantagens para as instituições de ensino. Além do acesso a materiais e informações atualizadas do setor, a iniciativa proporciona a oportunidade de coorientação de projetos por especialistas da indústria, o que enriquece a formação dos alunos e os prepara para os desafios do mercado de trabalho. O projeto também aumenta a visibilidade da instituição e de seus alunos, revelando talentos para as principais empresas do setor de alumínio e ampliando as possibilidades de empregabilidade.

“As empresas da cadeia do alumínio, por sua vez, têm a oportunidade de contribuir e direcionar a formação de futuros profissionais, e assim colaborar para o avanço do conhecimento técnico-científico sobre o alumínio no País, além de identificar mais facilmente estudantes e recém-formados preparados para o seu segmento de negócio. Outro benefício envolve o direcionamento de temas de estudo e o fomento à criação de novas linhas de pesquisa sobre o alumínio na academia”, afirma Denise.

O Projeto Elo também impulsiona ainda mais a pesquisa e o desenvolvimento na indústria do alumínio, incentivando a criação de novas linhas de pesquisa em temas pouco explorados. Essa iniciativa coopera ainda para o avanço do setor e para a formação de profissionais mais qualificados e preparados para o mercado de trabalho, resultando em um impacto positivo na sociedade de maneira geral, ao promover a educação e o desenvolvimento científico.

Em linhas gerais, com a reestruturação, espera-se que o ELO alcance novas instituições de ensino e empresas parceiras, potencializando os benefícios gerados pela iniciativa.

Até agora

O Projeto ELO já apresenta alguns resultados concretos do seu impacto positivo na indústria e no meio acadêmico. Oito trabalhos coorientados por profissionais da indústria foram concluídos com sucesso desde o lançamento do piloto. Entre eles, o estudo da resistência à corrosão; a influência do uso de lubrificantes no acabamento superficial; o efeito do cordão de solda nas propriedades do material; e a caracterização de ligas de alumínio após tratamentos térmicos e mecânicos, entre outros.

Para avaliar o sucesso da iniciativa daqui para a frente, serão utilizados indicadores como o número de empresas e universidades participantes e a quantidade de trabalhos acadêmicos desenvolvidos. Porém, além dos números, a ABAL considerará as percepções e opiniões das instituições de ensino e empresas parceiras, obtidas por meio de uma comunicação constante.

“A fim de garantir a continuidade a longo prazo, a ABAL busca manter o engajamento ativo das empresas, renovando as parcerias com instituições acadêmicas e expandindo a abrangência do projeto para novas regiões e setores do alumínio. O feedback contínuo de todas as partes envolvidas, tanto da academia como da indústria, também é essencial para ajustar o projeto às novas demandas e aos desafios do mercado, garantindo sua relevância e seu sucesso a longo prazo”, considera Denise.

Convite à participação

A ABAL convida empresas e universidades a se juntar ao Projeto ELO e contribuir para o desenvolvimento da indústria do alumínio no Brasil. Para saber mais sobre o projeto e como participar, acesse o site  https://abal.org.br/projetoelo/

Alumínio nas escolas

O ELO faz parte do Projeto ABAL Alumínio nas Escolas, que busca aproximar a indústria do alumínio do meio acadêmico há dezessete anos. Promove a disseminação de conhecimento e o desenvolvimento de pesquisas e inovações tecnológicas no setor. Para isso, realiza palestras, workshops e visitas técnicas, impactando mais de 1.100 alunos e docentes em cinquenta ações só em 2023. A ABAL, com mais de cinquenta anos de atuação, reforça esse compromisso com a formação de mão de obra qualificada e a geração de conhecimento técnico-científico, com o intuito de fortalecer a competitividade da indústria brasileira do alumínio a longo prazo.

Saiba mais:

ABAL e instituições de ensino: parceria de sucesso para o futuro do alumínio no Brasil

Fotos: Divulgação ABAL

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