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Frescor no mercado

Não é preciso checar a previsão do tempo para confirmar: o verão brasileiro tem ficado mais quente a cada ano. Clima que tem refletido também no aquecimento do ramo de refrigeração, que vem prosperando com o aumento da temperatura. Mesmo com a retração econômica no último ano, apenas na primeira semana da estação, em 2015, as vendas de ar-condicionado subiram 30% e a evolução do segmento foi de 2,5%, com movimentação próxima dos US$ 17 bilhões no país – de acordo com dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

O Brasil está em terceiro lugar no ranking de refrigeração mundial e pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 17% dos domicílios brasileiros têm ar-condicionado. Há dez anos, cerca de 95% dos sistemas de ar-condicionado eram os conhecidos como de janela, sendo o restante no modelo split (composto por duas unidades: evaporadora e condensadora). Atualmente, a situação se inverteu e splits representam 60% dos sistemas disponíveis.

Parte crucial para o bom funcionamento desses equipamentos são os tubos de refrigeração. Eles fazem parte do sistema que viabiliza a troca de calor em um ambiente ou equipamento. Como suas paredes conduzem o fluido refrigerante, responsável pela troca de temperatura, é preciso que sejam feitos com material com boa condutividade térmica, resistência mecânica e à corrosão, alongamento correto para manuseio de instalação, entre outras características.

INVESTIMENTO

“O alumínio é, definitivamente, apropriado para tal fim e vem sendo empregado cada vez mais”, aponta Paulo Cezar Martins Pereira, gerente de marketing da Termomecânica. Líder na transformação de cobre, a empresa acaba de investir R$ 27 milhões na adequação de dois galpões, localizados em uma de suas unidades fabris, em São Bernardo do Campo (SP), para a produção de uma linha de produtos em alumínio, aumentando seu alcance nos segmentos de construção, embalagens, automotivo e, claro, de refrigeração.

O projeto da empresa acontece em duas fases, sendo a primeira voltada ao consumo interno e à área de influência do Mercosul, e deve produzir entre 200 e 250 toneladas por mês; e a segunda, com início ainda não previsto, alcançará outras regiões, com uma capacidade produtiva em torno de 1.500 toneladas.

“Ele tem bom nível de condutividade, refletividade e, com o desenvolvimento de algumas ligas atuais, tem resistência mecânica comparável à do aço”, explica Pereira, que completa afirmando que, por isso, o metal “vem cada vez com mais velocidade, substituindo aplicações tradicionalmente preenchidas por outros metais e sendo uma excelente alternativa ao cobre para o setor de refrigeração”. Ele reforça a importância de investir na qualidade do produto: “Com as ligas especiais desenvolvidas, o alumínio tem condições de competir no mercado até mesmo em certas aplicações nas quais a alta resistência é requerida”, diz.

A Atecmetais, especializada na trefilação de tubos, é outra empresa que também passou a investir no alumínio recentemente. O momento ainda é de adaptação, porém os benefícios que o metal leve apresenta são claros para os profissionais: “A qualidade é melhor, sem dúvidas, e vemos que, cada vez mais, a procura pelo material tem crescido. Embora a trefilação seja um processo um pouco mais complexo, sabemos que a tendência é que seja facilitado por novas soluções, que vêm para mudar o panorama”, afirma Anderson França, diretor da empresa.

CUSTO

O valor tem sido um dos principais atrativos para as empresas, por ter um custo até 50% menor que o do cobre, material tipicamente usado nesse segmento. Fator importante, pois a instalação dos aparelhos exige um investimento alto — “além de diminuir a iniciativa de roubos de cobre em obras de instalações prediais”, complementa Elton Cuba, gerente comercial da Sapa. Otimista com o desempenho do setor de refrigeração, a companhia acaba de lançar uma nova solução em tubos que, entre muitos benefícios, prolonga a durabilidade do material. Chamado Prime-Air, com dupla camada, funciona como interligação entre as unidades condensadora e evaporadora do ar-condicionado split.

O diferencial está na camada externa, composta de um termoplástico de alta resistência e a interna de um tubo de alumínio feito para aplicações de condicionadores de ar e refrigeração. “O que prolonga a vida útil, configurando maior durabilidade para a solução, é a combinação da liga de alumínio e o termoplástico, este último que protege o alumínio em ambientes mais agressivos quanto à corrosão”, detalha. Segundo ele, o investimento para esta solução foi de R$ 1 milhão, na linha de produção, sem contar testes de qualificação, que ocorreram na Noruega, e certificações nos Estados Unidos, como a Underwriters Laboratories (UL).

Cuba conta que o objetivo é atender o instalador do sistema de modo que ele possa trabalhar com um produto o mais próximo possível do tubo de cobre, dadas suas características físicas, sem manuseios, cuidados e uso de ferramentas especiais, diferente do que ocorre em outras versões do produto.

APOSTA

Os investimentos recentes das empresas mostram que as perspectivas para o próximo ano são positivas. Como tem seu lançamento ainda recente, a Sapa aguarda um bom feedback dos instaladores, além da aposta no negócio promissor — de olho no crescimento do consumo na América do Sul, onde pretende ampliar seus negócios e levar redução de custo sem perder qualidade da obra. “Devemos esperar que o mercado nos diga quando disponibilizarmos o produto em larga escala, mas temos muita confiança que ele será massificado e aceito”, prevê Cuba.

Pereira, da Termomecânica, faz coro e acredita que na virada da economia brasileira — e diz que quem teve a iniciativa de investir vai sair na frente. “É um bom momento para o desenvolvimento de tubos de alumínio, pois nos possibilita um começo gradual, sem atropelos. A indústria e também a revenda na área de refrigeração apresentam uma boa expectativa de crescimento para os próximos anos”, sinaliza. Com a garantia de economia, sem abrir mão da qualidade, o clima está mais do que favorável para o alumínio.

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