A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) divulgou nota manifestando preocupação em relação à nova tarifa de 25% sobre a importação de alumínio, anunciada pelo governo dos Estados Unidos na segunda-feira (10). A medida pode ter um impacto significativo no mercado global do alumínio e afetar as relações comerciais entre os países.
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O governo americano confirmou que a sobretaxa existente da Seção 232 de 2018, de 10%, passará para 25% a partir de 12 de março, não havendo exceções ou isenções para nenhum país.
Impactos no Brasil
De acordo com a ABAL, o Brasil tem uma participação relativamente pequena nas importações americanas de produtos de alumínio, representando menos de 1%. No entanto, os Estados Unidos são um parceiro comercial importante, respondendo por 16,8% das exportações brasileiras do metal.
A nova tarifa terá um impacto imediato nas exportações do Brasil, dificultando o acesso dos produtos brasileiros ao mercado americano. Apesar de o alumínio brasileiro ser altamente competitivo em termos de qualidade e sustentabilidade, a nova sobretaxa o tornará menos atrativo nos Estados Unidos.
Além dos resultados na balança comercial, a imposição de novas tarifas pode ter efeitos indiretos e negativos para o Brasil. Produtos de outros países que perderem acesso ao mercado americano podem ser desviados para o Brasil, saturando o mercado interno com produtos a preços desleais. Essa medida também pode elevar os preços regionais, especialmente em áreas dependentes de importação, desalinhando as cadeias globais de suprimento e modificando os fluxos comerciais.
“A ABAL está em diálogo com o governo brasileiro para compreender as implicações dessa medida e buscar soluções que mitiguem seus impactos sobre a economia nacional no curto e médio prazo, garantindo um ambiente mais competitivo para a indústria do alumínio brasileira”, declara a ABAL.
Foto: Divulgação ABAL