A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) teve um lucro líquido de R$ 838 milhões em 2021, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (16/3). Com o resultado, a empresa reverte o prejuízo de R$ 880 milhões de 2020, impactado pela crise financeira que se seguiu à pandemia da Covid-19.
A empresa fechou o ano passado com uma receita líquida consolidada de R$ 8,4 bilhões e EBITDA (sigla em inglês para designar lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,5 bilhão. Trata-se, respectivamente, de um crescimento de 56% e 133% em relação a 2020.
O volume total de vendas atingiu 485 mil t, acima das 441 mil t verificadas em 2020. O crescimento foi observado em todas as linhas de produtos, incluindo primários (lingote e alumínio líquido), fundidos de valor agregado (tarugo, vergalhão e lingote liga), transformados (folhas, chapas e extrudados) e reciclados.
Alta no preço do alumínio
Segundo a companhia, o forte desempenho do preço do alumínio na London Metal Exchange (LME), que alcançou a média anual de US$ 2.480/t, alta de 46% em relação a 2020, refletiu positivamente nos resultados.
A China e a Europa enfrentaram crises energéticas levando a fechamentos de parte da capacidade dos smelters nas duas regiões, diminuindo a oferta no mercado e pressionando o preço do alumínio.
Por outro lado, o avanço da vacinação contra a Covid-19 no mundo e a reabertura dos mercados trouxeram o crescimento e a confiança de volta, com maior procura pelo material.
Nesse cenário, o modelo de produção integrada da CBA, com autossuficiência de bauxita, alumina e energia, possibilita à empresa suprimento de insumos a baixo custo e flexibilidade operacional para se ajustar às dinâmicas do mercado, além de colaborar para a menor volatilidade do fluxo de caixa.
Recorde no 4º trimestre
A CBA também alcançou resultados positivos no último trimestre de 2021, com receita líquida de R$ 2,4 bilhões, aumento de 54% sobre o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 615 milhões e o EBITDA ajustado, de R$ 501 milhões, crescimento de 198% na mesma base de comparação.
Foto: Divulgação CBA
