A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) informou ao Valor Econômico que investirá R$ 2 bilhões na exploração de bauxita e outros R$ 2 bilhões no aumento da capacidade da produção de alumínio primário até 2025.
Ricardo Carvalho, presidente da CBA, explicou que o projeto de bauxita em Rondon do Pará (PA) ainda depende de um parceiro investidor ou de contratos de longo prazo. No entanto, deverá ter capacidade de 18 milhões t por ano e atender os grandes consumidores do minério, como China e países do Oriente Médio.
“Já temos todas as licenças prévias concedidas, as reservas auditadas e agora estamos na fase de viabilização do projeto. Estamos conversando com possíveis investidores. A ideia é ter uma definição sobre esse projeto até o fim do próximo ano”, afirmou o dirigente.
A empresa também quer elevar o índice de reciclagem na planta de tarugos e aumentar a produção de alumínio primário – cujo plano envolve a retomada da capacidade mantida até 2014. Naquele ano, por conta da alta do custo com energia, muitas produtoras fecharam usinas em todo país.
Segundo o executivo da CBA, as salas fornos 1 e 3 da operação na cidade de Alumínio (SP) serão religadas até 2025. A medida deve adicionar 80 mil t por ano à atual capacidade instalada, que é de 350 mil t.
“Somos um dos importadores de alumínio primário no país atualmente. Com essa expansão, vamos substituir essas compras externas. O nosso foco é o mercado interno, não devemos exportar.”
Para retomar a produção, a CBA deve investir na geração energética renovável. A empresa já tem um projeto programado de energia solar em Goiás. Hoje, a companhia consome 1,4 gigawatt e gera 700 megawatts.