AdobeStock_430119553 (2)

Programa Brasil Mais pode elevar produtividade na cadeia do alumínio

Com apoio do setor, política pública é voltada para médias, pequenas e microempresas no país

O Programa Brasil Mais do Governo Federal busca orientar médias, pequenas e microempresas em suas práticas gerenciais e produtivas para o aumento da produtividade e competitividade. Além disso, incentiva a inovação rumo à transformação digital tanto no comércio como na indústria e serviços.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, com gestão operacional da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e execução do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) é uma das entidades apoiadoras dessa política pública lançada em fevereiro de 2020. Segundo Kaísa Couto, diretora da Área Técnica da entidade, o Brasil Mais está bem estruturado, conta com instituições reconhecidas e parceiras, e está alinhado com o Roadmap – Rota Estratégica da Cadeia Brasileira do Alumínio.

“A ABAL será indutora nessa iniciativa. Embora a maioria das associadas se enquadre como grandes e médias empresas, elas podem catalisar participantes para o Programa a partir da divulgação para os fornecedores de insumos. As companhias estão muito comprometidas com o fortalecimento da indústria como um todo”, reforça Kaísa.

Como surgiu o Brasil Mais
A política pública combina as experiências obtidas em duas iniciativas: o Programa Brasil Mais Produtivo, realizado de 2014 a 2019, com atendimento a mais de 3 mil empresas; e o Programa Inovativa Brasil, que apoia de forma gratuita, desde 2013, startups nas conexões com o mercado, captação de investimento e alcance de visibilidade.

De acordo com Vanessa Canhete, gerente de Tecnologia do Senai — Departamento Nacional, o Governo Federal apresentou a proposta do Brasil Mais em 2019 com o objetivo de atender o máximo de empresas no país, mantendo o impacto médio da edição anterior, de aumento de 52% da produtividade das participantes.

“O intuito também era criar uma rota para a Indústria 4.0, com foco nas pequenas e médias empresas. Apesar de a maioria possuir ferramentas de otimização, elas ainda são carentes de digitalização”, alega a executiva do Senai.

Como funciona o Brasil Mais
As empresas interessadas podem autoavaliar-se na plataforma do programa para medir como está a sua maturidade e processos, e formalizar o cadastro para participar de dois tipos de atendimento:

  1. Melhores práticas gerenciais:
  • Atendimento voltado para comércio, indústria e serviços, realizado pelo Sebrae;
  • Disponível para pequenas e microempresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, exceto Microempreendedor Individual (MEI);
  • Metodologia: quatro meses de acompanhamento individual por um Agente Local de Inovação (ALI) do Sebrae para melhoria de aspectos gerenciais da empresa na redução de custos e melhoria de processos para aumento da receita e da produtividade;
  • Custo: o atendimento básico não tem custo. Caso o participante opte por consultorias especializadas, a empresa paga 30% da consultoria, com 70% subsidiados pelo Sebrae.
  1. Melhores práticas produtivas:
  • Atendimento do setor industrial realizado pelo Senai;
  • Disponível para médias, pequenas e microempresas com 11 a 499 funcionários;
  • Metodologia
    – Mentoria Lean (fase1): capacitação on-line, conteúdo a partir de gamificação e mentorias individuais e em grupo. Inclui ainda consultoria individual com especialistas para aplicação de ferramentas de manufatura enxuta;
    – Mentoria digital (fase 2): inclui a instalação de sensores na linha de produção, além de software para visualização dos dados coletados
  • Custo: a capacitação e a mentoria não têm custos. Na fase 1, a consultoria individual envolve contrapartida de R$ 2.400. A fase 2 é opcional, com custo estimado em R$ 6 mil.

Atendimentos virtual e presencial
Igor Manhães Nazareth, subsecretário de Inovação e Transformação Digital, explica que, com a pandemia do novo coronavírus, o Programa precisou ser redesenhado, pois grande parte dos atendimentos seria realizada de forma presencial.

“Por meio de tecnologias digitais, conseguimos promover o atendimento virtual com o mesmo ganho de eficiência e produtividade para as empresas participantes. O que é imprescindível ser presencial conta com protocolos de segurança”, explica.  

Segundo o subsecretário, o Programa envolve três eixos principais:

  • Empresarial, com meta de beneficiar 120 mil empresas até 2022;
  • Transformação digital, para 20 mil empresas até o mesmo período;
  • Indústria 4.0, cujo projeto-piloto será lançado no segundo semestre para atender cerca de 4 mil empresas que desejam implementar tecnologias com foco na manufatura preditiva.

Atuações do Sebrae e Senai
Roberta Aviz, analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, explica que a instituição levou para dentro do Programa Brasil Mais a metodologia que aplica em seu projeto agentes locais de inovação, os ALI. O público-alvo são pequenas e microempresas das áreas de comércio, indústria e serviços.

“As empresas participantes recebem acompanhamento e orientação para inovar, a fim de se tornarem mais produtivas, faturar mais e gastar menos. Durante quatro meses, os ALI acompanham a realidade do negócio, traçam um raio X da situação da empresa e ajudam na construção e implementação de um plano de inovação juntamente com o empreendedor”, explica Roberta.

Já o Senai desenvolveu duas metodologias para serem aplicadas em apenas uma linha de produção dentro da empresa participante — esta, por sua vez, poderá replicar o modelo em outras linhas. Enquanto a mentoria Lean é baseada na otimização de processos com foco no aumento da produtividade, a mentoria digital envolve a instalação de hardware, software e sensores para o controle da produção em tempo real.

“O foco está na previsibilidade do estoque e da parada de linha, entre outros indicadores, para ajudar na tomada de decisão do empreendedor e auxiliar na redução de desperdício e na melhoria da gestão e das escalas de produção”, explica Vanessa Canhete, do Senai.

A executiva acrescenta que o Programa prevê um aumento de produtividade real, com intervenções que não exigem investimentos adicionais, por um custo baixo de consultoria.

Veja também:

Empresa italiana lança iates de alumínio

O estaleiro italiano Rossinavi apresentou ao mercado sua mais recente investida na inovação náutica com o lançamento da marca Nolimits. Essa nova linha de embarcações de alumínio representa um avanço audacioso no design de iates, com cinco embarcações de alumínio projetadas especificamente para viagens transoceânicas. Os iates Nolimits variam de 30 a 45 m de

Alcoa revitaliza centro de Educação Infantil em Poços de Caldas

A Alcoa Poços de Caldas inaugurou, no último dia 12 de abril, o projeto de Revitalização do Centro de Educação Infantil (CEI) Paulo Rodrigues Rosa, no bairro Parque das Nações, em Poços de Caldas (MG). Com a doação de R$ 150 mil da Alcoa e o apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Projetos

Novo SUV da Polestar tem alumínio com baixo teor de carbono

A fabricante de carros elétricos Polestar apresentou ao mercado seu novo SUV de performance, o Polestar 3. O veículo traz uma significativa redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a implementação de práticas sustentáveis com uso do alumínio. Um relatório de Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) do automóvel revelou que a

Rolar para cima
Rolar para cima