LEGENDA_ Forno de espera sem cadinho, da Jung Hormesa_ reduá∆o no consumo de energia - CRêDITO Divulgaá∆o-Jung

Potencial sob pressão

O Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking internacional de produção de fundidos. O país encerrou o ano de 2014 com faturamento de US$ 8,4 bilhões, produzindo cerca de três milhões de toneladas e mais de 62 mil empregados. A Itália é o principal fornecedor do país, respondendo, atualmente, por 16,2% de tudo o que é importado na área, de um total de aproximadamente 200 milhões de euros por ano.

“As empresas italianas são tradicionais parceiras da indústria de fundição brasileira, fornecendo máquinas, produtos e serviços há diversos anos, particularmente, entre fabricantes de componentes de alumínio para a indústria automobilística”, contextualiza Fabrizio Carmagnini, diretor da Associação Italiana dos Fornecedores de Máquinas e Produtos para Fundição (Amafond), que aponta que mesmo com a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar, a Itália ainda mantém o interesse no mercado nacional.

A relação entre os países teve uma grande aproximação com o “boom” do mercado automobilístico. “De fato, é neste último que ocorreu uma maior demanda por tecnologias, como em injeção, gravidade, baixa pressão, voltadas para a produção de peças em liga de metais leves, necessárias para que os veículos se tornassem mais leves”, explica Carmagnini.

Em 2016, a Termomecânica planeja investir no alumínio, antecipando bons negócios nesse mercado

O fato de o país abrigar as principais montadoras indica uma retomada do crescimento no setor de fundição de alumínio, aquele com maior potencial de crescimento nos próximos anos, principalmente se renovar o aparato técnico. “Entre as tecnologias que estão sendo introduzidas pelos italianos, muitas respondem à imediata demanda da indústria brasileira em termos de redução de consumo de energia e grande atenção com o meio ambiente: menos ruídos, menor geração de resíduos”, ressalta Carmagnini.

A expectativa de crescimento é atrativa. A Termomecânica, empresa voltada à metalurgia de metais não ferrosos, procurando identificar e antecipar oportunidades nesses mercados, em 2016 planeja investir no alumínio. “O metal junta algumas características que o credenciam a ser eleito como uma das boas oportunidades de crescimento para a empresa”, segundo Luiz Henrique Caveagna, diretor de operações industriais da Termomecânica. Ele enumera as vantagens: versátil, aplicações muito diversificadas, ótima trabalhabilidade e reciclabilidade.

“Além disso é um candidato natural a deslocar, em parte, mercados de produtos feitos com outros metais, entre eles o próprio cobre”, frisa. E se algumas empresas começam a enxergar no alumínio uma oportunidade de investimento, outras se consolidaram com aparatos para a qualidade na fundição do metal. Como a Jung Hormesa, que atua na elaboração de fornos de fundição, aponta seu diferencial para o segmento: “Com os recentes aumentos do custo de energia elétrica, uma de nossas soluções mais interessantes para o mercado é o forno de espera sem cadinho. O consumo médio é de apenas 8 kwh/h para manter 800 kg de alumínio, ou seja, apenas 0,01 kwh/h por kg de alumínio”, explica Fabrício Schneider supervisor técnico e comercial da Jung Hormesa.

Soluções italianas atendem à demanda brasileira por redução do consumo de energia e atenção com o meio ambiente

Estratégias de melhoria no aparato tecnológico ajudam a minimizar as possíveis perdas. “No ano de 2016 os empresários precisam continuar a pensar em investir em equipamentos mais e cientes. A e ciência energética e a metalúrgica são essenciais”, ressalta Schneider. Hector Boss, supervisor de fundição da Alboss, empresa atuante no ramo de fundição sob pressão de metais não ferrosos, veri ca que as principais novidades em termos de equipamentos para processo em câmara fria resumem-se a máquinas com maior precisão nas fases de injeção e o uso intenso de equipamentos periféricos associados à automação da unidade produtiva, como extratores, dosadores e pulverizadores.

Outro caminho a seguir, segundo ele, é a aposta na união de estudos científicos com as necessidades encontradas dentro do setor industrial, no “chão da fábrica”; é uma alternativa para a evolução do ramo. “Pesquisas acadêmicas com foco na melhoria do processo na indústria cooperam para que esse segmento se consolide mais ainda no país”, aponta

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