De 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará, realizar-se-á a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Na ocasião, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em conjunto com as indústrias do setor, apresentará ao mundo que o alumínio, um metal leve e versátil, pode ser protagonista na construção de um futuro mais sustentável.
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“A COP30 pode acelerar mudanças importantes para o setor do alumínio ao ampliar as discussões sobre economia circular, políticas de precificação de carbono e mecanismos para garantir concorrência justa no mercado global”, declara a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas.
A indústria brasileira do alumínio destaca-se pelo uso de energia renovável e pela reciclagem, sendo essencial para setores como transporte, energia e construção sustentável. Com emissão de carbono 3,3 vezes menor que a média global, o alumínio nacional possui baixo impacto ambiental.
Além disso, recicla 100% das latas comercializadas, o que reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa. As práticas adotadas atendem as exigências internacionais e inspiram outros países na busca por soluções sustentáveis.
Opinião da indústria
Para Eunice Lima, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da Novelis, a COP30 representa uma oportunidade estratégica para as empresas reafirmarem seu compromisso com a sustentabilidade, impulsionarem a inovação em práticas ambientais e se posicionarem como protagonistas em uma economia de baixo carbono.
Thaíza Bissacot, diretora-regional de Meio Ambiente da Alcoa, endossa a opinião de Eunice dizendo que a conferência concede ao Brasil a oportunidade de consolidar sua liderança global na agenda socioambiental e aprimorar sua imagem internacional. O evento fomenta a implementação de políticas públicas e parcerias privadas voltadas à conservação ambiental, ao mesmo tempo que estimula o desenvolvimento de oportunidades econômicas no País.
“Nesse sentido, os diversos setores da economia terão espaço para apresentar estratégias e avanços em sustentabilidade. O setor do alumínio, assim como os demais, será incentivado a avançar em desenvolvimento tecnológico com foco em eficiência energética, descarbonização e economia circular e será destaque como líder mundial em reciclagem, o que se alinha aos princípios que serão abordados no evento”, afirma.
Como o foco da COP este ano é voltado para o Brasil e a Amazônia, Eduardo Figueiredo, vice-presidente-sênior de Sustentabilidade e Impacto Social da Hydro, ressalta que o evento impulsionará as discussões também no contexto dessas regiões, em especial no setor de alumínio brasileiro, fortemente concentrado no Pará.
“Trata-se de uma oportunidade única para mostrar ao mundo o que o País e o setor vêm fazendo e pode ainda fazer a fim de reduzir as suas emissões e liderar a transição para uma economia de baixo carbono, além de contribuir com a preservação do maior bioma do mundo. Acreditamos veementemente no potencial do setor para comandar essa mudança, pois, no que diz respeito à sustentabilidade, o alumínio se sobressai em relação aos demais metais por ser infinitamente reciclável sem perder suas propriedades”, declara Figueiredo.
O evento também apresenta uma oportunidade valiosa para o setor metalúrgico demonstrar sua capacidade de operar e produzir de maneira sustentável, sobretudo em ecossistemas complexos como a Amazônia. Algumas empresas, como a Mineração Rio do Norte (MRN), conciliam a atividade industrial com a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.
“Ao conectar a mineração com o desenvolvimento sustentável, ajudamos a reduzir as desigualdades sociais, impulsionar o protagonismo local e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Na visão da MRN, a COP30 é um convite para mostrarmos ao mundo nosso compromisso com um futuro em que a mineração respeita as pessoas e o meio ambiente e é valorizada por tudo que representa”, aponta Guido Germani, CEO da MRN.
O evento, previsto para receber mais de 60 mil participantes, será dividido em duas áreas principais: Blue Zone, para negociações oficiais entre países, e Green Zone, para exposições e eventos paralelos de ONGs e outras iniciativas ambientais.
Imagem: Divulgação COP30