A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) acaba de anunciar uma parceria estratégica que promete impulsionar o setor em direção a um futuro mais sustentável. Em colaboração com o Programa Euroclima, da União Europeia, com o apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a ABAL lançará o primeiro inventário completo de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do setor de alumínio no Brasil.
A iniciativa vai, pela primeira vez, mapear toda a cadeia produtiva do alumínio — da extração da bauxita à reciclagem — e levantar dados sobre as emissões de gases de efeito estufa de 2019 a 2023. O inventário também servirá de base para elaborar o plano setorial de mitigação das mudanças climáticas e adiantará a preparação do setor para o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), que está em fase de regulamentação.
O projeto também inclui a capacitação de empresas para o futuro mercado de carbono, preparando-as para atender as exigências de Mensuração, Relato e Verificação (MRV) das emissões.
O estudo, que deverá ficar pronto em outubro deste ano, utilizará metodologias amplamente reconhecidas no cenário internacional, como o GHG Protocol e as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), assegurando a precisão e a confiabilidade dos resultados.
Competitividade
Segundo Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL, essa iniciativa é um passo importante para posicionar a indústria do alumínio como protagonista da transição para uma economia de baixo carbono.
“Acreditamos que, com dados sólidos e ações coordenadas, podemos fortalecer nossa competitividade, ao mesmo tempo que contribuímos com as metas climáticas do País e de setores estratégicos”, aponta Janaina.
Em reunião com representantes da ABAL, Euroclima e GIZ, Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, reforçou que, com base em dados científicos, será possível valorizar as vantagens competitivas e a menor pegada de carbono relativa da indústria do alumínio no Brasil.
“Vamos contribuir para a ampliação do seu desenvolvimento, reconhecendo-a nos mercados doméstico e internacional como referência de alumínio sustentável no mundo”, afirma Rollemberg.
Foto: Divulgação ABAL