AdobeStock_237714206

Anfavea prevê recuperação lenta para a indústria automobilística

Em live organizada pela ABAL, Luiz Carlos Moraes, presidente da associação, prevê que o setor retorne aos níveis do ano passado apenas em 2025

Durante webinar realizado na segunda-feira (10/8) pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), afirmou que este ano ainda será muito difícil para o setor. A projeção é de queda de 40% no volume de produção em relação ao ano passado, totalizando 1,6 milhão de veículos fabricados. A recuperação deve ocorrer apenas em 2025.

A pandemia do novo coronavírus impediu a indústria de retornar ao volume de 3,8 milhões de veículos produzidos em 2012. Após a crise de 2015 e 2016, com crescimento de 11% ao ano, esperava-se que o setor alcançasse novamente o patamar em 2025, a partir da aprovação das reformas econômicas e do crescimento consistente do Produto Interno Bruto (PIB). Agora, a estimativa é de apenas retornar aos níveis de 2019.

“Não vemos uma recuperação em forma de ‘V’, acelerada. Quando comparamos com o que imaginávamos antes da crise, cerca de 7 milhões de veículos irão evaporar em termos de volume de produção e vendas até 2025. Imaginamos uma recuperação com queda abrupta e recuperação gradual”, exemplifica.

Retomada

Desde o mês de abril, as montadoras voltaram à produção — em ritmo lento, por questões de segurança, redução da demanda e dos estoques nas fábricas e concessionárias.

“Em outubro, acredito que vamos ter uma visão mais clara sobre as questões relacionadas à saúde, que afeta os negócios e os empregos. Por enquanto, vejo o ano com uma neblina densa para o segundo semestre”, afirma.

Com a pandemia, a indústria automobilística também viu o risco de faltar matéria-prima e componentes importados para as montadoras no Brasil.

“No nosso setor, o produto é tão sofisticado que não é possível nacionalizar tão rápido, principalmente os componentes relacionados à segurança e eficiência energética. Existe a tendência de produzir aqui e, agora, deve ser rediscutida”, informa Moraes.

Sobre os investimentos em novas tecnologias e aplicação cada vez maior do alumínio nos veículos, a fim de atender os programas de eficiência energética, Moraes disse que será preciso reajustar a capacidade financeira para atingir as metas estabelecidas anteriormente.  A tendência agora será a de aumentar a produção de veículos flex.

Veja também:

Empresa italiana lança iates de alumínio

O estaleiro italiano Rossinavi apresentou ao mercado sua mais recente investida na inovação náutica com o lançamento da marca Nolimits. Essa nova linha de embarcações de alumínio representa um avanço audacioso no design de iates, com cinco embarcações de alumínio projetadas especificamente para viagens transoceânicas. Os iates Nolimits variam de 30 a 45 m de

Empresa americana lança trailer de alumínio

A americana Polydrops apresentou ao mercado seu mais recente lançamento. Trata-se do trailer P19 Shorty, que traz como destaque a utilização do alumínio em sua construção. O alumínio empregado no novo trailer não só proporciona aos compradores um veículo mais resistente, mas também contribui para um isolamento eficaz, mantendo o interior do veículo a uma

Novo SUV da Polestar tem alumínio com baixo teor de carbono

A fabricante de carros elétricos Polestar apresentou ao mercado seu novo SUV de performance, o Polestar 3. O veículo traz uma significativa redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a implementação de práticas sustentáveis com uso do alumínio. Um relatório de Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) do automóvel revelou que a

Rolar para cima
Rolar para cima