Industry 4.0 Modern Factory: Facility Operator Controls Workshop Production Line, Uses Computer with Screens Showing Complex UI of Machine Operation Processes, Controllers, Machinery Blueprints

Indústria 4.0: maturidade na cadeia produtiva do alumínio está acima da média nacional

Plantas industriais de empresas filiadas à ABAL foram avaliadas pelo Senai

Estudo realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mostra que as empresas da cadeia produtiva do alumínio estão acima da média nacional em sua jornada rumo à indústria 4.0. Foram analisadas 26 plantas industriais de empresas filiadas à entidade, com relação ao conceito que engloba a automação e digitalização de atividades para melhoria de processos e aumento da produtividade.

Em uma escala de 0 a 6 (de menor para a maior maturidade possível), a média do setor do alumínio foi de 3,25 pontos. O resultado está acima do alcançado em âmbito nacional por 954 empresas de porte e atividades diferentes, as quais obtiveram média de 2,28 pontos. O setor também apresenta bom resultado quando comparado a 557 indústrias do segmento automotivo participantes do Programa Rota 2030, cuja média é de 2,35 pontos.

“O resultado é interessante para o segmento do alumínio, já que as indústrias se classificaram no nível 3 de maturidade, que contempla visibilidade e transparência [entenda melhor abaixo]. Ainda existe uma longa caminhada pela frente. Trata-se de um processo permanente de melhoria”, ressalta Kaísa Couto, diretora da Área Técnica da ABAL.

O teste de maturidade do Senai, baseado no modelo desenvolvido pela Academia Nacional de Ciência e Engenharia (Acatech), na Alemanha, engloba cinco níveis rumo à indústria 4.0:

Fase de digitalização

  1. Otimização – Ajuste da indústria para aumento da produtividade e redução de desperdícios.
  2. Sensoriamento e conectividade – Investimento em sensores nas linhas de produção e capacitação para análise de dados em tempo real.

Indústria 4.0 propriamente dita

  1. Visibilidade e transparência (onde está a cadeia do alumínio) – Inserção dos dados coletados em uma nuvem e integrados aos demais indicadores da empresa.
  2. Capacidade preditiva e adaptabilidade – Introdução de novas tecnologias, como big data e inteligência artificial.
  3. Flexibilidade – Com sistemas e tecnologias implantados há maior capacidade de identificar e resolver problemas.

Segundo a diretora da ABAL, é notório que as empresas estão convencidas sobre o caminho a ser seguido. E para garantir competitividade e sustentabilidade no futuro, será preciso investir na transformação digital.

“Vimos com a pesquisa que não são apenas as multinacionais com capital intensivo que estão à frente dessa temática. Ficamos felizes, pois as indústrias menores também estejam bem-posicionadas em relação à média nacional”, afirma Kaísa.

Marcelo Prim, gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do Senai Nacional, explica que o diagnóstico foi importante para mapear as oportunidades do setor e possibilitar à ABAL criar uma agenda estratégica com as empresas nesse processo de transformação digital.

“O estágio atual em que as associadas se encontram demonstra que os gestores já possuem um papel importante nessas ações e serão decisivos para a condução de cada uma das empresas na melhoria dos seus índices, aumento de competitividade e produtividade, e ainda na preparação de novos profissionais”, afirma.

As conclusões do estudo mostram que as plantas industriais do setor do alumínio estão mais avançadas em termos de cultura, conhecimento e implementação de tecnologias da Indústria 4.0. A maioria já possui soluções de automação e sensores em pelo menos parte de seu parque fabril. No entanto, ainda é preciso ampliar a combinação de novas tecnologias habilitadoras de Indústria 4.0, como Big Data, comunicação entre máquinas, robôs colaborativos ou manufatura aditiva.

Como foi feita a avaliação?
As empresas associadas à ABAL receberam formulários para responder a uma série de perguntas relacionadas à implantação da Indústria 4.0. As questões elaboradas pelo Senai costumam levar em consideração três dimensões (veja abaixo). No entanto, a associação solicitou a inclusão da quarta categoria: a de Cultura e Pessoas. Com esse quesito, a média geral do setor do alumínio foi um pouco maior: 3,28 pontos.

Confira o desempenho em todas as dimensões, por pontos:

  • Modelos de Negócio, Produtos e Serviços – 3,95;
  • Cultura e Pessoas – 3,35; (nova categoria)
  • Estratégia e Organização – 3,06;
  • Manufatura e Cadeia de Suprimentos – 2,75.

No final do levantamento, foi emitido um relatório que inclui os resultados e pontua as soluções e competências que melhor se encaixam no perfil da empresa. Foi elaborado ainda um Roadmap para atingir as metas estabelecidas.

Próximos passos
A diretora da ABAL explica que o estudo será fundamental para nortear as ações do grupo de trabalho de Indústria 4.0 da entidade. Uma das possibilidades será empreender esforços nas dimensões analisadas pelo Senai que receberam nota mais baixa, como manufatura e cadeia de suprimentos.

Além disso, a ABAL trabalha para fortalecer a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industria (Embrapii), que disponibiliza linhas de financiamento para projetos IoT (Internet das coisas) e manufatura 4.0.

“A ideia é fomentar a pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) com foco em 4.0”, conclui Kaísa Couto.

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