a woman engineer is putting a protective helmet on her head at sunset.

Engenheiras assumem novos desafios na indústria do alumínio

Profissionais têm colaborado para o desenvolvimento sustentável do setor

A representatividade das mulheres na cadeia produtiva do alumínio tem aumentado aos poucos nos últimos anos. Em parte, por causa dos programas de diversidade que ajudam a reforçar a importância da equidade de gênero para atingir resultados mais inovadores nas operações.

Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, comemorado anualmente em 23 de junho, o portal Revista Alumínio ouviu profissionais que, por suas habilidades, competências e experiências, conseguiram alçar voos mais altos dentro das organizações. Elas compartilharam suas histórias e sonhos em relação à carreira profissional.

Protagonismo na Mineração Paragominas
Karoline Fontanela Guimarães, 34 anos, é engenheira de Minas formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e atua como gerente de Infraestrutura de Mina na Mineração Paragominas, no Pará.  

“Lidero uma equipe de 115 pessoas. Sou a primeira mulher na companhia a assumir esse cargo. Somos responsáveis pela supressão vegetal, condição de acessos para escoamento de minério, drenagem de mina, praças de carregamento, depósitos de estéril, estoques de minério, inspeção de vias, controle de poeira e reabilitação de áreas mineradas”, conta.

Karoline iniciou a trajetória na empresa em 2014, atuando por quatro anos como engenheira de Planejamento de Mina. Antes de alcançar a posição atual, em 2018, assumiu duas funções, a de supervisora de Planejamento e Geologia e, também, de Topografia de Mina, comandando 27 pessoas.

“Tento inspirar as pessoas à minha volta para que mais mulheres atuem no setor de mineração e se desenvolvam para conquistar cargos de gestão. O fato de uma posição ainda não ter sido ocupada por uma mulher não quer dizer que ela não tenha condições de assumir esse desafio. O importante é estar preparada e acreditar no seu potencial.”

Oportunidade em uma nova área da Novelis
Mariana Lanzoni Maffei, 32 anos, é engenheira de Materiais formada pela Universidade de São Paulo (USP). A profissional ingressou na Novelis pelo programa de trainee na área de Performance e Desenvolvimento de Produto.

O maior desafio foi iniciar em uma área recém-criada pela companhia. No entanto, ela teve a oportunidade de se desenvolver, construir atividades de relação com clientes, bem como realizar a gestão técnica e de indicadores internos. Em 2020, mesmo ano em que se tornou mãe, assumiu como engenheira de Desenvolvimento e Confiabilidade de Processos e Produtos e mãe.

“Todo o suporte e incentivo da Novelis nesse momento foram fundamentais para uma gestação segura e tranquila, com conforto e a certeza de uma transição de retorno de licença-maternidade, ainda em meio a pandemia. Isso me fez retomar as atividades e à rotina ainda mais confiante, preparada e com mais orgulho de fazer parte da empresa.” 

 

Liderança feminina na MRN
Eliane de Andrade Pereira, 36 anos, engenheira Química formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), aceitou o desafio profissional de ser a primeira mulher a ocupar a gerência interina do Departamento de Desenvolvimento e Tecnologia, Laboratórios e Estação de Tratamento de Água (ETAS) da Mineração Rio do Norte (MRN), no Oeste do Pará.

“Minha maior satisfação até o momento foi ter conquistado meu espaço de maneira sólida por meio do trabalho e dedicação. Sinto-me motivada e feliz, mostrando que a mineração, com suas boas práticas operacionais, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, pode ser sustentável e responsável”, completa.

Paralelamente, Eliane participa do Programa de Diversidade & Inclusão da empresa, o ‘MRN pra Todos’.

“As ações do programa promovem uma reflexão profunda em todos e nos ajudam a desconstruir e reconstruir os valores para tornarmos o nosso ambiente de trabalho, bem como a nossa sociedade, mais diversos e inclusivos. Eu me sinto extremamente feliz de vivenciar e participar dessa mudança”, comenta.

À frente da coordenação das obras da Alubar
Dina Daltro de Mello, engenheira Civil formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), atua no setor de Montagens Industriais, na coordenação das obras de expansão da Alubar no Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A profissional ocupou outros cargos até novembro de 2017, quando ingressou na companhia.

“Eu acho que a visão da engenharia como uma área masculina vem mudando. A Alubar já conta há muito tempo com várias mulheres em áreas de liderança. Aqui não há distinção de gênero, o que vale é a capacidade de fazer um bom trabalho”, explica.

A vontade de se tornar engenheira surgiu ainda na infância, aos 4 anos, observando da sacada do seu apartamento o desenvolvimento de uma edificação.

“Achei aquilo interessante e perguntei para a minha mãe quem fazia aquele trabalho. Ela disse que eram os engenheiros, e então eu quis isso para mim. Depois de entrar na profissão, atuei em diversas obras diferentes. A engenharia civil me abriu várias possibilidades”, conta.

Segundo a profissional, é preciso seguir o coração em relação à escolha da profissão, já que a engenharia exige muita dedicação.

“Ninguém deve se intimidar a seguir a engenharia por ser mulher. Temos a capacidade para fazer qualquer atividade que gostamos”, ressalta.

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