O Brasil deve receber até 150 mil t de alumínio semimanufaturado em 2019. No ano passado, o País importou 110 mil t de chapas, folhas e perfis. A estimativa é da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
Em entrevista ao Valor Econômico, Milton Rego, presidente-executivo da entidade, afirmou que a maior parte do metal importado vem da China, pois, com as restrições comerciais impostas ao produto chinês em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o escoamento da produção é feito em economias sem salvaguardas.
“Hoje, há excesso de capacidade instalada no mundo de 2,5 milhões t. Os chineses produzem muito mais que o consumo interno e o restante é exportado”, relatou o executivo ao Valor. “Por isso, não me surpreenderia se o ritmo de importação de alumínio chinês pelo Brasil permanecesse o mesmo em 2020”, complementa.
O Brasil também é importador de alumínio primário, porém, para suprir a produção de semiacabados no mercado interno. A ABAL estima que, este ano, as compras devem girar em torno de 250 mil t.
Conforme já publicado aqui no portal Revista Alumínio, o consumo interno de alumínio este ano deve voltar aos patamares de 2013, o melhor ano para o segmento. Para 2020, o crescimento deve ser de 5%.
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