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Alumínio brasileiro tem baixa pegada de carbono: entenda o que isso significa

Além de ser sustentável, a menor emissão de gases é um importante diferencial competitivo

Na busca mundial pela neutralização das emissões de gases de efeito estufa (GEE), o alumínio brasileiro está um passo adiante. Pelo fato de o país ter sua matriz elétrica essencialmente limpa e renovável, somado aos investimentos das indústrias do segmento em autoprodução de energia e em tecnologias para garantir maior eficiência, o produto nacional tornou-se um dos mais competitivos em relação à chamada “pegada de carbono”.

Pegada de carbono, aliás, é um conceito que deve ser explicado: é a quantidade de dióxido de carbono (CO2) gerada para que algo seja produzido. Esse gás é o grande causador do efeito estufa, fenômeno que contribui significativamente para o aquecimento global.

O assunto ganhou ainda mais holofote em agosto, com a publicação do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o estudo, as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irrefutáveis, irreversíveis e levaram a um aumento de 1,07 ºC na temperatura do planeta.

Além disso, os cientistas preveem que o aquecimento de 1,5 °C a 2 °C será ultrapassado ainda neste século se não houver forte e profunda redução nas emissões de CO2 e de outros gases.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) em parceria com a Fundação Espaço ECO mostrou que o total de emissões da cadeia produtiva no país, considerando desde a mineração até a reciclagem, é de 4,2 t de CO2eq /t AL (equivalente de dióxido de carbono por t de alumínio). O resultado é inferior ao da média mundial, de 9,7 t de CO2eq/t AL.

Na visão de Janaina Donas, presidente-executiva da entidade, o metal se insere perfeitamente na proposta de valor para o futuro sustentável. Não por acaso, a Bolsa de Metais de Londres anunciou em 2020 a intenção de lançar uma plataforma exclusiva para a comercialização do chamado ‘alumínio verde’.

“Precisamos, cada vez mais, trabalhar na divulgação das qualidades e benefícios do alumínio brasileiro e transformá-los em diferencial competitivo. Vamos atuar dentro da ABAL para aumentar o engajamento e protagonismo nas discussões sobre a pegada de carbono e sua precificação”, afirma a dirigente.

 Benefícios ambientais, comerciais e sociais
Em 2020, a ABAL divulgou o “Manifesto Alumínio Brasileiro para um Futuro Sustentável” para reforçar as vantagens do metal para a economia circular e de baixo carbono.

Além dos diferenciais já citados, o documento destaca a proximidade e a integração da cadeia de valor do metal no país como fator importante para a redução das necessidades de transporte de alumina e alumínio e, consequentemente, das emissões de GEE.

Desde a mineração de bauxita, as empresas têm promovido a biodiversidade, com a preservação da área impactada pelas operações. Nos demais elos, há geração de valor compartilhado com as comunidades das regiões em que estão inseridas.

As indústrias investem em tecnologias de classe mundial de processo, com as melhores taxas de eficiência e de segurança do mundo. Além disso, têm buscado a certificação internacional Aluminium Stewardship Initiative (ASI) – Alcoa, CBA e Hydro já possuem o selo -, o que comprova a produção responsável.

As taxas de reciclagem no Brasil também estão entre as melhores do mundo. No caso das latas de alumínio para bebidas, o índice chega a 97%. Atualmente, o metal reciclado responde por cerca de 56% do volume total do consumo dos produtos de alumínio no país, acima da média global, de 26%.

Ações práticas
Com a estratégia voltada ao ESG, sigla em inglês para designar as práticas com foco no meio ambiente, áreas sociais e de governança, a Companhia Brasileira do Alumínio (CBA) está bem posicionada quanto às emissões de CO2 na indústria global, com 2,66 tCO2 / t Al. A média mundial do International Aluminium Institute (IAI) é de 12 tCO2/t Al.  

“Apenas 24% da produção de alumínio no mundo está abaixo de 4 tCO2/t Al, para vermos o quanto as emissões nas produções que usam carvão para geração de energia são altas”, ressalta Ricardo Carvalho, presidente da CBA.

Segundo Carvalho, uma das ações já concretizadas pela empresa para a redução dos GEE é a instalação da Caldeira à Biomassa, geradora de vapor para a operação da Refinaria de Alumina da CBA, na cidade de Alumínio (SP). A tecnologia reduziu o consumo de gás natural antes utilizado para a mesma finalidade. O próximo investimento será no upgrade da tecnologia em sete salas-fornos nos próximos cinco anos, para alcançar 2,18 tCO2/t Al.

A CBA também divulgou recentemente que aprovou o investimento de R$ 150 milhões para a geração de energia eólica no Nordeste do país. Além disso, tem um projeto em desenvolvimento para geração de energia solar na unidade de Niquelândia (GO). O objetivo é atender o crescimento orgânico e planejado para o futuro.

Já a paranaense Alcast, companhia da área de laminados e detentora da marca Panelux, anunciou o investimento de R$ 40 milhões na ampliação da capacidade da fundição por meio do processo de roll caster. O projeto está sendo implementado com GLP (gás liquefeito de petróleo), dentro do conceito de forno regenerativo, para redução de 30% das emissões de carbono, e deve ser finalizado ainda em 2021.

Segundo Abelson Carles, presidente da Alcast, a empresa é autossuficiente em energia a partir da produção de uma hidrelétrica própria com capacidade de 5,3 MW. No entanto, já iniciou o estudo de viabilidade econômica para a construção de um parque solar a partir de 2022.

“Devido à crise hídrica, nossa usina reduziu um pouco a produção. Estamos trabalhando sob um modelo híbrido para fazer a compensação quando houver necessidade. Também podemos vender o excedente”, explica o executivo.

Zero Carbono
A Novelis, multinacional que atua nas áreas de laminação e reciclagem, anunciou neste ano seu compromisso global de tornar-se uma empresa neutra em emissões de carbono até 2050. O primeiro passo será reduzir a pegada em 30% até 2026.

Segundo Viviane Alves, engenheira de Meio Ambiente da operação na América do Sul, o objetivo é continuar aumentando o uso de conteúdo reciclado nos produtos e engajar clientes, fornecedores e parceiros da indústria para impulsionar as inovações e aumentar a sustentabilidade.

“Nosso modelo de fabricação não reduz apenas o consumo de energia e água, o uso de aterros industriais e as emissões de GEE associados às operações, mas também o impacto de carbono dos produtos feitos como o nosso alumínio”, explica a engenheira.

Em relação aos investimentos em geração de energia renovável, a empresa avalia potenciais iniciativas junto ao comitê de energia interno. A estratégia é executar esses projetos ao longo dos próximos anos, alinhado sempre às metas de sustentabilidade.

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